O delegado regional da Polícia Civil de Pará de Minas, Carlos Henrique Gomes Bueno, irá investigar os participantes do grupo de WhatsApp "Baleia Azul", do qual participava o jovem Gabriel Antônio dos Santos Cabral, de 19 anos, que se matou nesta quarta-feira (12).
O celular do rapaz foi recolhido e ainda será periciado. Contudo, o delegado Bueno revelou já ter visto algumas imagens neste grupo do aplicativo, onde aparecem pessoas com cortes nos braços e outras com tatuagens de baleias pelo corpo. "Ainda não sabemos se essas fotos são verídicas ou se foram retiradas da internet. Mas isso será investigado ", explicou.
Para a polícia, ainda não se pode dizer que os integrante estimulavam o jovem Cabral a se matar. Mas, as conversas serão periciadas também. "Ainda não vi todos os diálogos. Não dá pra saber se alguma pessoa estimulou a morte desse jovem. Porém, vamos periciar as conversas", pontuou.
O delegado chegou a essa conclusão porque um dia antes do crime, Cabral deixou uma mensagem no grupo se despedindo. "Ele falou que não aguentava mais viver neste mundo e que pra ele já havia dado", revelou Bueno.
Porém, a família de Cabral contou que o jovem não estava passando por nenhum problema que o levasse a esse fim.
Além dos motivos reais que levaram a morte do mineiro, será apurada também a participação de cada integrante deste grupo específico, composto por pessoas de todas as parte do país. "Há integrantes com idade entre 10 e 20 anos. Todas as conversas encontradas ali serão apuradas para saber se induziram ou não outros participantes a cometerem esse tipo de crime", alegou o delegado.
Caso fique confirmado, a pessoa que incentivou o suicídio poderá ser indiciada pelo crime de "induzimento, instigação ou auxilio ao suicídio". A Polícia Civil terá até 30 dias para concluir o inquérito do caso.