Fraude

Cerveja com embalagem adulterada era vendida por quadrilha de Contagem

Quadrilha comprava cervejas de marca desconhecida, adulterava embalagens e revendia como se fossem de marcas líderes de mercado

Por Michelyne Kubitschek
Publicado em 02 de outubro de 2018 | 21:24
 
 
 
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Aquela sua cervejinha gelada do fim de semana pode estar com o amargo gosto do crime. Segundo a Polícia Militar (PM), uma quadrilha comprava cervejas de marca desconhecida, adulterava as embalagens e revendia os produtos como se fossem de marcas líderes de mercado. O bando foi desmantelado nesta terça-feira (2) em Contagem, na região metropolitana de BH, e três foram presos.

A quadrilha foi presa após militares desconfiarem de dois homens em um veículo Kia Cerato. De acordo com a corporação, chamou a atenção a postura de Elieser da Silva, de 29 anos, que dirigia o carro, e do comparsa, André Santos, de 22. “A velocidade do carro diminuiu demais, e tomaram um susto. Resolvemos dar uma olhada”, contou o sargento Hudson Fonseca, do Grupamento Especializado em Recobrimento.

Segundo o militar, no porta-malas, havia centenas de rótulos de cervejas famosas e milhares de tampas. “Eles assumiram que o material iria ser usado na adulteração, em um galpão próximo”, disse o policial.

No local indicado pelos suspeitos, Maykon Pereira, de 24 anos, fazia a segurança de mais de 500 caixas de cervejas adulteradas. Cada engradado com 24 garrafas de 600 ml era comprado no interior do Paraná, por R$ 47. Depois da troca de rótulos e tampas, o produto clandestino era vendido por R$ 98 em todo o Estado de Minas Gerais.

Dois caminhões que estavam estacionados na porta do galpão fariam o transporte das garrafas. O trio foi preso por adulteração de produto alimentício. A Polícia Civil vai investigar o caso.

Galpão sujo

Segundo o sargento Fonseca, o galpão era cheio de poeira, sem higiene e colocava em risco a saúde dos consumidores: “Não tinha a mínima garantia de segurança”. Procurada na noite desta terça, a assessoria Ambev informou que vai apurar o caso e divulgará hoje um posicionamento oficial.

Quarta vez

Esta foi a quarta vez, segundo a Polícia Militar, que Elieser da Silva é preso pelo crime de adulteração de produto alimentício. Ele confessou aos militares que já “atua no ramo” há muito tempo e que seria apenas uma peça de um esquema em todo o Brasil, grande e organizado por hierarquias.

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