A Defesa Civil de Belo Horizonte divulgou, na manhã deste domingo (28), o índice acumulado de chuvas na capital mineira durante o mês de fevereiro. Com precipitações atípicas para o mês, três das nove regionais atingiram o recorde histórico de chuvas na cidade registrado em 1978 que foi de 487,3mm de acordo com dados do INMET.
Barreiro, em fevereiro de 2021, registrou 526,6mm de chuvas, índice parecido com o da regional Centro-Sul, que marcou 526mm. Os valores correspondem a 290% da média histórica do mês, que é de 181,4mm. Já a parte Noroeste de Belo Horizonte registrou 503,4mm, o equivalente a 278% da média histórica. Essas três regionais ultrapassaram a quantidade registrada na estação do bairro Santo Agostinho em todos os anos desde 1911, quando iniciaram as medições.
As outras seis regionais ultrapassaram, com sobra, a média histórica do mês: a Leste registrou 443,6mm (245%); Nordeste marcou 469,6mm (259%); Norte com 462,4mm (255%); Oeste com 365,8mm (202%); Pampulha teve 418,0mm (230%) e Venda Nova com 384,6mm (212%).
Segundo dados do INMET, o fevereiro de 2021 foi, ainda, o terceiro mais chuvoso da série histórica e o maior desde 1978 se comparado com o mesmo mês dos outros anos. A meteorologista Anete Fernandes explicou que o instituto utiliza a estação da região Centro-Sul como parâmetro por ter a série histórica. Os dados fechados na manhã deste domingo pelo INMET apontavam que foram registrados 431,9mm de chuva no mês. Em segundo lugar ficou o fevereiro de 1916, com pouco mais de 469mm.
Para Heriberto dos Anjos, meteorologista da Geoclima, fevereiro é, costumeiramente, um mês chuvoso, mas que com a exceção de 2020 e 2021, não registrava índices tão altos. “Esse 2021 foi um dos maiores, pelos dados da PBH, os acumulados ultrapassaram os 500mm em algumas regionais e é o maior já registrado em fevereiro desde 1911, então se você pegar como base de dados da PBH, em alguns locais da cidade registrou maior acumulado de chuvas. Só que a comparação que a gente faz com é com os dados do INMET na Centro-Sul, estação mais antiga, fazemos essa média e usamos como referência para a cidade toda. Aí a PBH instalou vários sensores, então tem lugares que já ultrapassou os 500mm, é um dos maiores no mês de fevereiro”, afirmou.
Dos Anjos também espera que março tenha uma “anomalia” nas chuvas e registre uma média acima da histórica para o mês na capital mineira.