Interdição

Cidade Administrativa terá só uma parte dos elevadores prontos em 3 meses

Segundo o governo de Minas, as intervenções devem ser concluídas até o mês de junho, quando as estruturas poderão voltar a ser utilizadas

Por Raíssa Oliveira
Publicado em 04 de abril de 2024 | 08:20
 
 
 
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As obras para reparos em 12 elevadores do prédio Minas - interditados desde 21 de novembro do ano passado por riscos em função do “colapso dos pilares metálicos decorrentes de vícios construtivos” - devem durar ao menos três meses. Conforme divulgou a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), na manhã desta quinta-feira (4 de abril), as intervenções devem ser concluídas até o mês de junho, quando as estruturas poderão ser utilizadas. Outros elevadores interditados nos prédios Minas e Gerais terão reforço preventivo e serão gradativamente disponibilizados para o uso.

Em nota, o governo de Minas informou que as intervenções necessárias para viabilizar o funcionamento seguro dos elevadores da Cidade Administrativa já estão em processo de contratação. As obras realizadas serão feitas nos pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores, em razão da identificação, em laudo ao qual O TEMPO teve acesso, de que não foram devidamente chumbados conforme o projeto. As intervenções nos prédios vêm para corrigir vícios construtivos na fixação dos pilares de sustentação dos elevadores.

As intervenções estão previstas em um contrato que será assinado nos próximos dias e prevê a realização dos reparos em etapas, para viabilizar a retomada da utilização dos elevadores pelos servidores o mais rápido possível.

Dessa forma, a intervenção em 12 elevadores do prédio Minas deve ser concluída até o mês de junho, quando eles poderão voltar a ser utilizados. Da mesma maneira, os demais elevadores dos prédios Minas e Gerais – no qual será feito o reforço preventivo – serão gradativamente disponibilizados para o uso. O Executivo, no entanto, não informou a previsão de início do retorno gradativo. 

Obras devem custar cerca de R$ 20 mi

As obras de reparação dos elevadores tem valor estimado em R$ 20 milhões, segundo o governo de Minas. Em nota, a Seplag-MG, afirmou que vai cobrar das empresas responsáveis pela construção da sede do Executivo estadual, inaugurada em março de 2010, o ressarcimento dos valores. 

Segundo afirmou o governo de Minas, seguindo orientações da Controladoria Setorial, o Estado irá instaurar Processo Administrativo Punitivo (PAP) para apurar as irregularidades identificadas preliminarmente. A Seplag-MG também vai entrar com processo para apurar as irregularidades identificadas preliminarmente no trabalho realizado pelas empresas responsáveis pela construção do complexo.

A medida, conforme o Executivo, tem o objetivo de impedir que o prejuízo milionário causado pela recuperação necessária nos elevadores chegue aos contribuintes, obrigando as empresas envolvidas a ressarcirem o Tesouro Estadual pelo transtorno.

Falhas nos elevadores

As falhas nos elevadores do Prédio Minas foram detectadas em novembro de 2023, durante a rotina de manutenção. Como medida de segurança, todos os elevadores sociais do prédio foram interditados, e os privativos foram disponibilizados para uso comum. 

“Os elevadores sociais do prédio Gerais, assim como os elevadores privativos, não oferecem risco nesse momento, mas a intervenção será necessária para que não haja preocupações futuras”, afirma a intendente da Cidade Administrativa, Marilene Bretas Campos.

Problemas também identificados nos elevadores do edifício Gerais, que continuam em pleno funcionamento. A conclusão do estudo e o conselho de realização de obras corretivas estão em documento técnico de engenharia sigiloso. A falha nos elevadores repercutiu após vir a público um um relatório técnico de engenharia sigiloso que indicou “colapso dos pilares metálicos decorrentes de vícios construtivos”.

Perícia e laudo

Para identificar a causa dos problemas, a Seplag-MG contratou uma empresa especializada para realizar uma perícia técnica. O laudo, concluído em março de 2024, apontou que os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme o projeto, resultando em um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares, provocando um efeito "pino".

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