Com os passos acelerados, a cuidadora de idosos Heloísa Seabra de Souza Rodrigues, de 59 anos, tentava se esconder da chuva enquanto atravessava a avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte, com uma sacola. Nesta quarta-feira (8), feriado na capital, ela aproveitou para ir às compras, já que o comércio está autorizado a funcionar.
"Trabalho de segunda a sexta, sábado eu tenho serviço de casa. Estou aproveitando o feriado para comprar o presente de Natal do filhão. Saí de casa, lá no Santa Inês, por volta das 9h30. Vou comprar mais, daqui a pouco vou ao Mercado Central comprar pequi e pimenta, e ainda tenho que comprar as lembranças das colegas. Não tenho hora para voltar para casa", contou.
A analista de suporte Lídia Mirian de Barros Leite, 27 anos, também aproveitou a folga e foi ao centro da capital com a irmã. "Estamos tentando comprar alguns presentes para a família, aqui é a melhor parte para rodar, olhar preço. Mesmo com a chuva vale a pena vir", explicou.
Adiantar as compras nesta também evita encontrar lojas lotadas próximo ao Natal. "Normalmente, eu tinha a mania de deixar tudo para a última hora. Hoje vai ser o único dia que vou conseguir olhar as coisas com calma", finalizou.
Expectativa no comércio era maior
Trabalhando em uma loja de bolsas no quarteirão da rua São Paulo, o vendedor Antenor Rodrigues esperava um movimento maior no centro. "Eu percebi que está mais vazio. A expectativa era de vender, mas ninguém tem dinheiro. Antes da pandemia, nessa época as lojas já estavam cheias. Com essa pandemia, a gente não tem perspectiva. Está nas mãos de Deus", disse.
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