Após quase quatro anos de atraso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente entregará o inventário parcial das árvores da capital às nove regionais da cidade. Foram analisadas cerca de 300 mil, e ainda faltam outras 180 mil. O corpo técnico avalia 58 itens, e em relação aos problemas considerados não muito graves, como a presença de fungos e insetos, caberá às administrações providenciar as soluções quando tiver acesso ao banco de dados.
Foram investidos R$ 3,4 milhões nessa etapa pela prefeitura, que mapeou as árvores nas regiões Centro-Sul, Leste, Noroeste, Oeste e Pampulha, essa última ainda não concluída. A segunda fase de apuração deve se iniciar em 2017.
Segundo o gerente de projetos especiais da secretaria, Júlio De Marco, o sistema passará a fornecer informações integradas e atualizadas. “Antes, as regionais mantinham a informação para elas. Agora, as regionais poderão cruzar dados e aplicar ações que já deram certo em uma regional, como para controle de uma praga”, explicou. Segundo ele, o atraso no estudo se deve ao fato de ter encontrado mais espécies (522) do que o esperado (185).
Avaliação
Expansão. Para a botânica e professora de ciências biológicas e engenharia ambiental do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH) Juliana Batista Souza, a cidade ainda tem a crescer em área verde, e o inventário pode auxiliar nesse crescimento.
Configuração. Juliana afirmou ainda que o “catálogo” poderá mostrar se as árvores estão em locais adequados.
Mapeamento
Onde estão. As árvores catalogadas estão em logradouros públicos, como praças e ruas, e em afastamento frontal de imóveis. A espécie mais frequente é a Sibipiruna – foram identificadas 18.946.