Alta demanda

Coronavírus: 'Os supermercados não estão aumentando preços', garante setor em MG

De acordo com a Associação Mineira de Supermercados (Amis), os fornecedores reajustaram os preços devido ao aumento em suas cadeias de fornecimento, e as margens de lucro das redes seguem as mesmas praticadas antes da pandemia

Por Sávio Gabriel
Publicado em 27 de março de 2020 | 16:56
 
 
 
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Em meio às críticas de alguns consumidores sobre os altos preços praticados pelos supermercados em Minas Gerais diante da pandemia de coronavírus, o presidente-executivo da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Antonio Claret Nametala, garantiu que as redes varejistas não estão aumentando suas margens de lucro. De acordo com a entidade, a alta de preços é causada pelos fornecedores, que têm praticado valores maiores devido à alta procura dos consumidores.

Em entrevista ao Alerta Super, programa da Rádio Super 91,7 FM, o executivo garantiu que as margens dos supermercados são as mesmas observadas antes da pandemia do coronavírus. “No começo, tínhamos estoques e os produtos estavam sendo vendidos normalmente. Tivemos que fazer a reposição em função do excesso da procura, para que não houvesse desabastecimento. Mas os fornecedores estão apresentando uma tabela diferente do que vinha sendo negociado”, pontuou.

A justificativa apresentada aos varejistas, segundo a Amis, é de que a cadeia produtiva de fornecimento de insumos também reajustou os preços. Nesse cenário, os produtos que mais têm sofrido com a alta são o leite e alguns derivados, como queijo e requeijão, além do alho, arroz, ovos e óleo.

Diante do aumento, a orientação da Amis é que cada supermercado reforce a negociação junto a seus fornecedores. “Temos orientado que negociem a exaustão. Mas muitas vezes não conseguem êxito porque os fornecedores dizem que a cadeia produtiva deles está aumentando”. “Os supermercados não estão aumentando preços, nem as suas margens”, reforçou.

Para os consumidores, a dica é que façam a substituição de marcas. “Onde houver possibilidade, não sejam fieis às marcas, busquem alternativas”, disse Claret pontuando que a medida pode diminuir a pressão da procura sobre a oferta, o que pode diminuir a tabela de preços aplicadas pela cadeia de fornecimento às redes varejistas.

Alerta

O problema, segundo o executivo, atinge todo o Estado. Por conta da questão, a associação acionou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas e o Procon. “Queremos que eles busque uma avaliação em relação às cadeias produtivas até chegar aos supermercados. Somos o último elo nessa cadeia”, explicou.

A Amis voltou a descartar a possibilidade de desabastecimento devido à alta procura. “A população, até então, pode ficar tranquila quanto a isso. Estamos sendo atendidos normalmente, e as entregas (de fornecedores) têm acontecido normalmente em nossas lojas e centros de distribuição”. A circulação de mercadores nas divisas de Minas também acontecem sem problemas.

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