Capital dos bares e restaurantes, Belo Horizonte percebeu-se obrigada a se adaptar à nova realidade imposta pela pandemia de Covid-19 e com o rápido aumento na taxa de transmissão do novo coronavírus, detectado nos últimos boletins epidemiológicos do município, a Vigilância Sanitária decidiu tornar mais intensa a fiscalização do cumprimento de protocolos sanitários nestes lugares com forte potencial de reunir aglomerações.
Até o mês de outubro, 891 comércios do gênero no município receberam advertências do órgão para garantir condições mínimas de segurança – como o respeito à capacidade máxima em mesas e em pé e o uso de equipamentos de proteção, como máscaras, pelos funcionários. Além de agentes da Vigilância, funcionários ligados à Subsecretaria de Fiscalização também estão tão atentos a estes espaços que, na madrugada do sábado (21), um bar próximo à praça Raul Soares e outro à avenida Guarapari, na região da Pampulha, acabaram interditados por desrespeito às normas – em ambos os lugares foram detectadas aglomerações, ausência de distanciamento e também do uso da máscara.
A intensificação de ações de fiscalização foi anunciada nessa segunda-feira (23) pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) como estratégia para tentar frear o avanço da Covid-19 sem impactos maiores à sociedade, não apenas em bares e restaurantes, como também em outros espaços de uso coletivo, como academias, salões de beleza e supermercados. Equipes estão orientadas a atuar em horários dinâmicos, tanto em dias úteis como aos sábados e domingos. Agentes checam se os protocolos estão sendo cumpridos, e podem até advertir os espaços comerciais.
Entre os meses de março e outubro, um período de sete meses, cerca de 9.500 vistorias específicas sobre a Covid-19 foram realizadas pela Vigilância, uma média de 314 atendimentos a cada sete dias – cerca de 891 bares e restaurantes advertidos no período.