O secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, explicou, na manhã desta quinta-feira (27), como está sendo possível vacinar professores e outros grupos da capital mineira, como população de rua e carcerária, antes que o Ministério da Saúde envie imunizantes direcionados para esses - a vacinação desses grupos começou nesta quarta-feira (26). Segundo ele, as doses que vieram orientadas para pessoas com comorbidades foram maiores do que a procura desse grupo durante o cadastro realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte. Portanto, essa sobra, de mais de 60 mil doses, permitiu o chamamento de novos grupos.
"BH tem se pautado pelo respeito às regras do Ministério da Saúde, e não será agora que vamos sair dela", disse, em referência ao fato de que outras cidades, como Santa Luzia e Divinópolis, preferiram reorganizar os grupos prioritários dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI), o que é tema de debate entre especialistas. A cada remessa enviada pelo governo federal, uma nota técnica é alocada explicando quem o lote de vacinas deve atender.
"BH recebeu um quantitativo de vacinas, que era estimado de acordo com o PNI para outras campanhas, como influenza, para pessoas com comorbidades que foi muito maior do que efetivamente cadastramos. Tivemos uma sobra de 65 mil doses que estamos usando para antecipar. Estamos antecipando grupos, mas não mudando a ordem de vacinação, porque esta ordem existe por uma razão, não foi escolhida por acaso", defendeu Machado.
O secretário fez a declaração durante coletiva de imprensa sobre a liberação de verba da prefeitura para o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).