Tereza Cristina

Defesa Civil faz treinamento preventivo para época das chuvas

Agentes de segurança e moradores de áreas críticas recebem orientações sobre protocolos de alerta em caso de risco de inundação

Por Queila Ariadne
Publicado em 03 de outubro de 2020 | 21:06
 
 
 
normal

Com o forte calor registrado em Belo Horizonte nesta última semana, tem muita gente torcendo pelas chuvas. Mas, antes que elas venham, também tem muita gente se preparando para evitar danos. A Defesa Civil de Contagem e Belo Horizonte realizou na manhã deste sábado (3)  um treinamento com agentes de segurança e moradores da Vila São Paulo, na divisa dos dois municípios.  Vias foram fechadas para simular protocolos acionados em caso de risco de transbordamento do ribeirão Arrudas.

A simulação aconteceu na avenida Tereza Cristina, no cruzamento com a avenida Presidente Castelo Branco, onde o Arrudas se encontra com o córrego Ferrugem. “É um treinamento preventivo, para preparar os agentes de segurança e os moradores dessa área para fecharem as vias quando tiver enchente e sinalizar para que nenhum veículo ou transeunte entre no local, quando tiver risco de enchente e inundação”, explica o coordenador da Defesa Civil de Contagem, Samuel Lara.

A ação é uma força tarefa que também envolve a Transcon, BHTrans, as guardas civis municipais, a PM, Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar Rodoviária e representante da concessionária Via 040. Neste ano, por causa da pandemia, o treinamento foi realizado de maneira virtual e contou com a audiência de mais de 40 pessoas, que acompanharam tudo por uma plataforma digital. 

Márcia Gomes Gonçalves da Costa é uma das voluntárias.  Nos 48 anos em que ela mora Vila São Paulo, já viu mais de cem enchentes, ajudou a alertar pessoas a não entrarem nos pontos de alagamento. Também ajudou em vários resgates. “Minha função é , quando o rio fica acima de 50% da capacidade dele, eu já sinalizo e fecho as vias de trânsito com cones e distribuo os radinhos para a comunidade, para a gente ficar se comunicando. Aí acontece o efeito formiguinha, que um vai avisando para o outro e todo mundo começa a sair de dentro de casa para não correr risco”, explica a Márcia, mais conhecida como Tutuca.

Com anos de experiência, ela sabe exatamente a hora de começar o protocolo de alerta. “Quando o rio atinge metade da capacidade, a gente já pode saber que é grande a chance de transbordar”, conta Tutuca. 

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Samuel Lara, só em Contagem são 85 pontos de alagamento. Os mais críticos estão na Tereza Cristina e na trincheira do Itaú.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!