Centenas de eletricitários fizeram nesta quarta-feira (4) uma manifestação na porta da Cemig, na avenida Barbacena, no bairro Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A categoria está em greve há 10 dias e complicou o trânsito no entorno. Uma comissão formada por cinco trabalhadores tenta negociar com a empresa.
De acordo com o Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), a categoria reivindica um programa de segurança e saúde para os trabalhadores. Segundo eles, a cada dois meses deste ano, um funcionário da Cemig morreu vítima de acidente de trabalho. Desde janeiro já foram cinco óbitos na empresa, a maioria por falta de segurança. Segundo os sindicalistas, além dos trabalhadores, a população também corre risco, porque o investimento em manutenção das redes caiu nos últimos anos.
Por meio de nota, a Cemig informou que “está investindo R$ 5 bilhões na ampliação e manutenção do sistema de distribuição com o objetivo de melhorar o fornecimento de energia e o atendimento de seus clientes”. A estatal não especificou em qual período será aplicado o dinheiro, nem comparou com períodos anteriores. A empresa também não comentou os acidentes de trabalho.
O Sindieletro diz que a intenção é manter os serviços básicos durante a greve, mas afirma que a Cemig não quis negociar um plano de emergência. Procurada, a empresa não quis se pronunciar sobre essa proposta, mas garantiu a continuidade no atendimento. “Apesar de um pequeno número de empregados terem aderido a essa paralisação, os serviços continuam sendo prestados a todos os clientes da Empresa, sem comprometer o fornecimento de energia e o atendimento”, disse a Cemig, em nota.
O Batalhão de Trânsito informou que a manifestação teve fim por volta de 16h30.
Atualizada às 19h04.