Milhares de estudantes e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ocuparam as ruas do centro de Belo Horizonte, na noite desta quarta-feira (9), em protesto contra o corte de R$ 32 milhões promovido pelo Ministério da Educação (MEC) no orçamento da instituição. Os manfiestantes chegaram a ocupar a praça Sete por cerca de uma hora, causando retenção no trânsito.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes-MG) detalha que o ato faz parte da greve dos servidores técnico-administrativos da UFMG e do Cefet. Por isso, além de se manifestarem contra o corte do orçamento, eles também cobram a recomposição salarial. "São seis anos sem aumento e quase 40% de perdas inflacionárias", reclama a entidade que representa os trabalhadores.
Após o anúncio dos cortes em diversas universidade do país, a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, e o vice-reitor, Alessandro Fernandes Moreira, chegaram a divulgar uma nota em que afirmam que o corte deverá "comprometer o funcionamento e manutenção" da universidade.
“Um severo golpe que foi recebido com estarrecimento por dirigentes e comunidades acadêmicas. O corte corresponde a uma redução de R$ 32 milhões, que, se mantido, comprometerá o funcionamento e a manutenção da universidade, com forte impacto nas ações de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil, inviabilizando o apoio a estudantes mais necessitados”, diz trecho da nota dos profissionais da universidade.
Por outro lado, o MEC alega que a ação ocorre para que o teto de gastos seja cumprido. A reportagem de O TEMPO voltou a procurar o ministério na noite desta quarta, mas, até o momento, ele não se posicionou sobre a manifestação de professores e estudantes na capital mineira.
Conforme a BHTrans, os manifestantes começaram a descer a avenida Afonso Pena por volta das 18h, saindo das proximidades da avenida Álvares Cabral em direção à praça Sete.
Cerca de 30 minutos depois eles começaram a chegar na praça no cruzamento com a avenida Amazonas, sendo que o trânsito no local só foi liberado por volta das 19h30, quando o ato chegou na praça da Estação.