Facilidade

Em um ano, PBH App recebeu 46 mil pedidos de serviços na capital

Aplicativo da prefeitura de Belo Horizonte é capaz de resolver até 40 tipos de demandas da população

Por Mariana Nogueira
Publicado em 03 de junho de 2019 | 03:00
 
 
 
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Lâmpada apagada, quebrada ou piscando sem parar, lotes vagos sujos ou sem capina e entulhos depositados em área pública estão entre as cinco principais demandas feitas pelo cidadão belo-horizontino no aplicativo criado pela prefeitura, o PBH App, para receber denúncias da população, mas é o tapa-buraco o serviço mais requisitado por quem circula pelas ruas da capital. Em apenas um ano, de abril de 2018 a abril deste ano, foram 32.695 solicitações de moradores pedindo a cobertura de buracos na cidade.

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, o aplicativo é responsável por cerca de 10% das reclamações dos moradores. No total, foram 45.953 solicitações abertas em um ano de funcionamento do app.

O PBH App existe desde março do ano passado e permite que o cidadão encaminhe a denúncia por escrito e anexe imagens diretamente para o órgão responsável. Ao todo, mais de 40 serviços estão disponíveis no aplicativo, desde pedidos de manutenção e informações sobre dengue até a emissão de guias de IPTU e consultas de exames realizados no sistema de saúde municipal.

Segundo a Prefeitura de BH, no caso da poda de árvore, que é a décima requisição mais feita via app, a administração municipal tem um prazo de até 99 dias utéis para vistoriar e executar o que foi determinado no laudo, exceto se ele indicar urgência na supressão da árvore, situação em que o prazo é abreviado. "Já quando há interferência na rede elétrica, o tempo pode ser estendido, visto que é necessário coordenar com a Cemig o desligamento da energia elétrica no local", informa o órgão. "Em virtude disso, explica a PBH, as demandas solicitadas referentes a esse tipo de serviço constam com o percentual de atendimento de 59,4% (veja arte abaixo)", diz nota do Executivo.

Conforme o secretário municipal adjunto de Planejamento, Orçamento e Gestão e subsecretário de Modernização da Gestão, Jean Mattos, "quando o cidadão reporta, a ação é muito rápida e demora no máximo cinco dias para ser resolvida no caso do buraco, por exemplo. Mas outros serviços que são de maior complexidade, como um corte de árvore, a prefeitura precisa enviar um técnico para avaliar, e isso entra na programação de execução, o que demora mais tempo. Os serviços têm muitas características”.

Problemas. Mesmo com o PBH App, o cidadão continua podendo resolver suas demandas via telefone 156, portal www.prefeitura.pbh.gov.br, BH Resolve e nas regionais da cidade.

Acesso. O cidadão que não tem acesso à internet pode utilizar um dos cem pontos de Wi-Fi gratuitos da cidade. Eles estão em parques, vilas e favelas e prédios públicos pela rede BH Digital.

Saiba mais

Acesso. O PBH App está disponível para os sistemas Android e iOS e pode ser baixado gratuitamente. Após fazer o download, a pessoa realiza um cadastro e cria um login e uma senha de acesso.

Acompanhamento. Após abrir uma solicitação, o cidadão pode acompanhar o andamento do seu pedido via aplicativo.

Autoatendimento. Além da solicitação de serviços, o cidadão pode emitir a guia de IPTU, fazer agendamento de serviços presenciais e acessar os boletins dos alunos das escolas municipais e os resultados de exames laboratoriais dos centros de saúde.

Mapa. O PBH App também possui um mapa de acesso a equipamentos públicos da cidade, como escolas.

Seis flanelinhas são presos

Em março deste ano, uma denúncia feita no PBH App fez com que seis homens fossem presos pela Guarda Municipal suspeitos de atuar como flanelinhas na região hospitalar, mais especificamente no bairro Santa Efigênia. A denúncia dizia que o grupo estava abordando motoristas na esquina da avenida Alfredo Balena com a rua Padre Rolim, exigindo pagamento para que pudessem estacionar e ameaçando danificar os veículos de quem não aceitasse, segundo a prefeitura.

O grupo foi encaminhado para a Central de Flagrantes 2 da Polícia Civil, de onde seguiram para a Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal (Deajec). Até março deste ano, 489 denúncias de atuação de flanelinhas na capital foram feitas no aplicativo. A região Centro-Sul é a campeã de registros, seguida da Pampulha. Em terceiro lugar aparece a região Oeste.

O advogado Felipe da Costa Cunha, 30, já foi um denunciante e afirma que, embora o atendimento tenha demorado, prefere fazer as solicitações pelo aplicativo. “Eu mesmo já denunciei porque sei que é crime essa obrigatoriedade de dar dinheiro aos supostos guardadores de carro. Já pedi duas vezes e sempre fico esperando. Das duas vezes demoraram mais de uma hora, mas vieram. Prefiro fazer pelo aplicativo”, disse.

A atuação de flanelinhas configura crime de tentativa de extorsão, na medida em que o “tomador de conta” exige do motorista o pagamento de um valor em dinheiro para usar um espaço da via pública. Geralmente, a ameaça velada vem com afirmações de que a pessoa será surpreendida com danos no carro, como encontrar a lataria arranhada ou os vidros quebrados, ao retornar ao local.

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