Um grupo de empresários do Sul do Estado e servidores públicos de diversas cidades da região são investigados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sob suspeita de se reunirem para ajustar preços e fraudar licitações, determinando previamente as empresas vencedoras dos pregões e os preços praticados. Nesta quarta-feira (22) foi deflagrada a operação "Juntando Peças", que prendeu 11 pessoas e colheu provas para a investigação, que já acontece há cerca de 1 ano.
Segundo o MPMG, os empresários são do segmento de comércio de peças de veículos automotores. Durante a operação, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, oito de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Ilicínea, Alfenas, Pouso Alegre, São João Batista do Glória, todas no Sul do Estado, e em Belo Horizonte.
As investigações foram iniciadas e conduzidas pela Promotoria de Boa Esperança, que identificou a ação orquestrada do grupo de empresários. Após serem contratados pelas prefeituras, os empresários ainda fraudavam orçamentos e notas fiscais, elevando indevidamente os preços das peças fornecidas e gerando prejuízo para os cofres públicos.
Os presos foram conduzidos para unidades prisionais de Boa Esperança, Alfenas, Passos e Belo Horizonte. Além disso, foram apreendidos 41 volumes de documentos e uma arma de fogo, que estava na residência de um dos investigados, em Pouso Alegre, o qual foi preso em flagrante também por posse ilegal de arma de fogo.
Participaram da operação as Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Boa Esperança, Alfenas, Pouso Alegre e Passos, além do Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Gepp) e do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate ao Crime Organizado (Caocrimo).
A operação contou com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais no cumprimento dos mandados. Participaram da ação sete promotores de Justiça, 45 servidores do MPMG e 116 policiais militares.