Três empresários, sendo um casal e um amigo, foram presos na manhã desta quinta-feira (23) em Varginha, no Sul de Minas, durante uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Polícia Civil (PCMG) e da Receita Estadual. Eles são suspeitos de participarem de um esquema que fazia contratos irregulares para fornecimento de materiais, como máscaras, luvas e testes de coronavirus.
Segundo a polícia, as investigações começaram após a denúncia sobre contratos irregulares, sendo identificada uma organização criminosa especializada em corrupção e fraude no fornecimento dos bens ao Poder Público, com contratações diretas, que dispensam licitação, autorizadas em razão da pandemia.
Além das prisões, a Justiça também determinou o sequestro de bens deles como: imóveis, dinheiro, veículos automotores, joias, motos aquáticas, cotas de sociedades empresariais e uma lancha. Os bens seriam utilizados para o pagamento de multa criminal e danos morais coletivo que totalizam R$ 15,6 milhões – sendo R$ 5,2 milhões pagos por cada empresário.
Os três empresários presos foram denunciados pela prática dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e fraudes na execução de contratos.
Conforme levantado, o lucro dos empresários com o cometimento dos crimes já havia chegado a aproximadamente R$ 300 mil, sendo que, pelas investigações, o objetivo final do grupo seria obter o lucro líquido de R$ 8 milhões.
A investigação é conduzida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Lavras, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Varginha, e da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público do Sudoeste de Minas Gerais.
O inquérito policial foi concluído, sendo os suspeitos indiciados por crimes de fraude à licitação. Os presos foram encaminhados ao Sistema Prisional.