Alagamento

Enchente revolta moradores da Tereza Cristina, que fecham Anel Rodoviário

Chuva em Belo Horizonte fez com que via fosse bloqueada pela Defesa Civil no início da tarde deste domingo

Por Lucas Negrisoli e Thiago Alves
Publicado em 19 de janeiro de 2020 | 19:27
 
 
 
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Revoltados com as constantes inundações na região, moradores do bairro Betânia protestaram na Avenida Tereza Cristina no fim da tarde deste domingo (19).

Mais tarde, os revoltosos ainda interditaram parte do Anel Rodoviário, no cruzamento com a Rua Amanda.

Parte da marginal ainda está bloqueada, mas uma das faixas foi liberada. 

A Avenida Tereza Cristina foi bloqueada mais cedo pela Defesa Civil devido ao alto risco de inundação no local.

O motivo

Bloqueio

Segundo a Polícia Militar, pelo menos 30 pessoas bloquearam a avenida com entulho deixado pela chuva em Belo Horizonte e atearam fogo.

Militares foram ao local e precisaram usar da força para desobstruir a Teresa Cristina. 

Conforme relatos encaminhados à reportagem, a PM chegou a atirar balas de borracha contra os manifestantes.

A corporação não confirma a informação, nem soube precisar se a avenida foi liberada. 

O Corpo de Bombeiros foi ao local para apagar as chamas. 

Movimento

Leonardo Péricles, do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), afirma que são centenas de famílias na região que perderam tudo durante a enchente. 

“São anos de descasos da Prefeitura de Belo Horizonte, do governo do Estado. Não basta tirar as pessoas e não dar a elas para onde ir”, defende. 

Ele afirma que o protesto é pacífico, mas ressalta que a população exige das autoridades a resolução do problema.  

O barbeiro Samuel Henrique, que mora na região, explica que o protesto ocorre após as perdas que a população local tiveram. 

“Olha a situação que estamos, é inconcebível. Semana passada aconteceu, hoje também. Durante a noite a guarda falou para gente que pode chover novamente de madrugada e pode ser até pior. Hoje não morreu ninguém, mas e amanhã? E depois?”, afirma. 

Liberação

Segundo o guarda civil municipal Loubach, que acompanha a manifestação, houve negociações com os revoltosos para que uma das vias fosse liberada. 

“Chegaram a bloquear a vida no sentido Rio de Janeiro. Atearam fogo em sofás, madeiras, vários objetos que foram encontrados”, relata.

O tenente da Polícia Militar Davidson explica que orientou a população a procurar a Prefeitura. 

“Iniciamos um diálogo com a população, que nos entendeu e liberou uma das faixas da pista. Eles foram orientados a buscar diálogo com a Prefeitura, para que se resolva o problema", diz. 

 

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