R$ 5.000 POR CORRIDA

Falso motorista de aplicativo é preso em Betim por aplicar golpe contra idosos

Estelionatário cobrava valores exorbitantes na hora de passar cartões de crédito e débito; uma das vítimas pagou R$ 5.000 em uma corrida

Publicado em 12 de janeiro de 2021 | 19:29

 
 
Homem que aplicava golpe como falso motorista de aplicativo em Belo Horizonte foi preso pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira Homem que aplicava golpe como falso motorista de aplicativo em Belo Horizonte foi preso pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira Foto: Cristiane Mattos / O Tempo
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A Polícia Civil prendeu, na madrugada desta terça-feira (12), um homem de 39 anos acusado de aplicar golpes enquanto se fazia passar por motorista de aplicativo. O estelionatário foi preso em Betim, mas os crimes eram realizados na capital e região metropolitana. 

De acordo com a delegada Danúbia Quadros, o motorista procurava por idosos que demonstravam estar solicitando uma viagem por aplicativo. Ele se apresentava como motorista e prometia fazer a viagem por fora, mas pelo mesmo preço cobrado pelas plataformas. Ainda de acordo com a delegada, a maior parte dos passageiros eram recolhidos na rodoviária e na região hospitalar.

Até agora 15 vítimas já foram identificadas. Entre elas uma mulher que chegava em Belo Horizonte para o enterro da mãe e uma cadeirante, que teve R$ 2.500 extorquidos pelo criminoso. 

O falso motorista não aceitava pagamentos em dinheiro e chegava a ameaçar os passageiros Na maquina de cobrança o criminoso instalou uma película escura, que dificultava a visualização do valor digitado."Chegando no destino ele digitava um preço maior na maquininha e a fita preta impedia a vítima de identificar o valor, ele exigia que o pagamento fosse feito em cartão e quando a vítima questionava que só tinha dinheiro ou que não conseguiam ver o valor cobrado, ele coagia as pessoas em um tom ameaçador", descreveu a delegada.

As investigações apontam que os valores cobrados variavam de R$ 700 até R$ 5000, com uma média de R$ 2500. Ele teria conseguido aproximadamente R$ 50 mil aplicando o golpe.

O homem era credenciado como motorista de taxi em Belo Horizonte. Os primeiros golpes praticados por ele foram cometidos enquanto ele atuava como taxista, em maio de 2020. Depois disso ele trocou de carro diversas vezes, sempre se apresentando como motorista de aplicativo. Entretanto, ele não tinha cadastro em nenhuma das plataformas deste tipo de serviço.

Nos últimos golpes ele usava um Toyota Corola, veículo alugado e que foi apreendido com o autor. Com ele também foram apreendidos três celulares e diversos cartões de crédito, a maioria em seu nome. A Polícia Civil investiga a participação de um comparsa. Orientado por seu advogado, o criminoso optou por não responder as perguntas dos policiais.