'Foi uma ação muito precisa', diz tenente-coronel sobre ação da PM em Betim

Era pouco mais de 15h quando policiais do 2º Batalhão de Policiamento Especializado (BPE) faziam uma ronda de rotina em Betim, na região metropolitana. Os militares dessa unidade são preparados para agir em situações extremas, como sequestros e assassinatos, entre outros crimes. Eles realizam também patrulhas preventivas em toda a segunda área, composta por 18 municípios da região metropolitana.Nesta quinta-feira (19), a trajetória do grupo passava por Betim, onde havia acabado de ocorrer um assalto. 

Os policiais especializados receberam a informação de que os criminosos, armados, estavam em um Fiat Uno de cor prata, no centro da cidade. Imediatamente, os militares procuraram pelo carro. Como batalhão de “recobrimento”, o BPE realiza, entre suas funções, dar assistência a policiais do batalhão da área, no caso o 33º.

“Foi uma resposta imediata. Logo após o crime (roubo), houve a intervenção. A possibilidade de haver um civil baleado era grande, já que se tratava do centro de Betim. Foi uma ação precisa”, considerou o tenente-coronel Alexandre Alves Gontijo, comandante do 33º Batalhão. Ele ressaltou que qualquer atuação equivocada poderia ter consequências extremamente danosas. 

“Os suspeitos foram baleados e socorridos para o Hospital Regional de Betim. Infelizmente, os óbitos foram confirmados no centro de saúde”, finalizou o comandante. 

Crimes violentos caem pela metade em Betim em três anos

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram queda de 54,2% nos índices de crimes violentos (que envolvem homicídios, roubos, estupros, extorsão e sequestro), comparando-se a média das ocorrências entre janeiro e agosto dos últimos três anos. É o menor índice desde 2013. A taxa de homicídios também reduziu. Em 2016, o índice era de 28,9 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. Já neste ano, foi para 13,11 assassinatos por 100 mil pessoas. 

“São várias as causas para a queda, dentre elas, as ações preventivas, a atuação do grupo de intervenção estratégica, que reúne órgãos do Judiciário, o Ministério Público, as polícias Civil e Militar e o sistema prisional. A Guarda Municipal nos ajuda na prevenção em espaços públicos. Com isso, as viaturas da PM podem atuar em casos de maior gravidade”, afirma o tenente-coronel Alexandre Gontijo.