Protesto

Funcionários do Instituto Raul Soares pedem melhores condições de trabalho

Principal reclamação dos profissionais é sobre a falta de equipamentos de proteção

Por Rômulo Almeida
Publicado em 04 de maio de 2020 | 11:59
 
 
 
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Funcionários do Instituto Raul Soares começaram uma paralisação e fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (4) na porta da unidade, no bairro Santa Efigênia, pedindo melhores condições de trabalho, orientações sobre a abordagem de suspeito de coronavírus, o pagamento do adicional de emergência e o afastamento de profissionais do grupo de risco. O hospital é referência no atendimento a pacientes psiquiátricos em Belo Horizonte. Durante a greve, a unidade funciona com 30% do quadro de funcionários.

"A pauta principal é sobre a falta de equipamento que é gritante aqui no hospital, também falta água nos setores e também a sobrecarga por causa da transferência de pacientes do Galba Veloso para cá", relata a representante do Sind-Saúde-MG, Neuza Freitas, que lidera o movimento.

Os profissionais da unidade reclamam do impacto da transferência de pacientes psiquiátricos do hospital Galba Veloso para o instituto. "Esse remanejamento de pacientes tem afetado a assistência no Raul Soares, porque a gente não têm a quantidade de profissionais necessária.
No momento a gente não teve o aumento dos número de leitos", relata o enfermeiro Lucas Lopes.

Os profissionais afirmam que há um paciente com suspeita de coronavírus na unidade, mas reclamam da falta de estrutura para fazer o atendimento. "Tem um protocolo interno que diz que quando chegar o paciente com suspeita, ele deve ser encaminhado para a UPA Centro-Sul ou para os hospitais da rede que são referência em coronavírus. Mas isso não está acontecendo", conta Adelia de Souza, técnica em enfermagem. 

Segundo os manifestantes, a direção do hospital não estariam afastando pacientes do grupo de risco - maiores de 60 anos e aqueles com doenças crônicas. "Tem colegas diabéticos, e o hospital pede um laudo para eles tomarem alguma providência, só que nesse momento não estamos conseguindo fazer consultas médicas, e a Fhemig tem nossa pasta com as informações sobre nossa saúde", diz Adélia. 

A reportagem entrou em contato com a Federação Hospitalar de Minas Gerais e aguarda a resposta sobre a pauta da manifestação.

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