Greve dos caminhoneiros

Gasolina é vendida a R$ 6,23 em Contagem, e litro de álcool sai por R$ 4,37

Flagrante feito na tarde de sábado (27) revela que litro da gasolina saía por R$ 6,238 no posto de combustíveis em Contagem; em outros postos na cidade, preço do litro gira em torno de R$ 5,29

Por Lara Alves
Publicado em 27 de fevereiro de 2021 | 18:47
 
 
 
normal

Com letreiros sem o preço da gasolina, um posto de combustíveis no bairro Riacho das Pedras, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi flagrado cobrando R$ 6,23 pelo litro direto na bomba de abastecimento na tarde de sábado (27), algumas horas após o anúncio da suspensão da greve dos tanqueiros. O preço praticado é R$ 0,90 maior que o de outro estabelecimento na região, na avenida Teleférico, no bairro Arvoredo.

Pelo litro do álcool, o posto do Riacho das Pedras pedia R$ 4,37 para pagamento no dinheiro ou no cartão de débito – valor R$ 0,20 maior para motoristas que optassem pelo pagamento na modalidade de crédito. Apesar do preço alto cobrado sobre a gasolina, se comparado com valores de outros postos, a diferença não é tão grande em relação ao etanol que, no estabelecimento da avenida Teleférico, saía por R$ 5,295.

Em situação parecida, um posto de combustíveis no Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, tornou-se alvo de uma investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por ter cobrado R$ 6,99 pelo litro da gasolina – o preço é considerado abusivo, e, portanto, inquérito foi aberto na Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor.

Aliás, após receber denúncias sobre postos que aproveitando-se da greve dos tanqueiros elevaram os preços dos combustíveis, a corporação foi a mais de dez estabelecimentos à manhã de sábado (27) para ações de fiscalização que detectaram alta do preço. Foram recolhidas notas fiscais para providências futuras, mas, segundo a Polícia Civil, não houve aplicação de sanções – o que não cabe à instituição.

Como esclarece a delegada Danúbia Soares, procedimentos serão instaurados para apurar práticas de preços abusivos. “A fiscalização segue constante, e, comprovada a prática de crime contra o consumidor e contra a economia popular, a delegacia de defesa do consumidor irá instaurar procedimento com as providências legais cabíveis ao caso”.

Além de Belo Horizonte, postos em Nova Lima, na região metropolitana, também foram alvo de fiscalização após denúncias. Até a tarde de sábado (27), 17 estabelecimentos foram submetidos à fiscalização e três pessoas encaminhadas à delegacia, onde foram ouvidas e liberadas.

Questionada sobre denúncias sobre o posto de combustíveis no bairro Jardim Riacho, em Contagem, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que não encontrou registros de ocorrência sobre o estabelecimento. Entretanto, em nota encaminhada à reportagem na noite de sábado, a corporação detalhou que orienta a população a denunciar casos de prática de preços abusiva.

“Qualquer cidadão/consumidor que sinta-se prejudicado, faça o devido registro de ocorrência em uma delegacia mais próxima ou denuncie. A denúncia pode ser feita através do canal Disque Denúncia, 181”. Ações de fiscalização serão mantidas também no domingo (28), e balanço da operação divulgado na próxima segunda-feira (1º).

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!