Interior

Homem acusado de assédio sexual é expulso de igreja e recorre da decisão na justiça

O desembargador do TJMG responsável pelo caso manteve a decisão tomada pela Assembleia de Deus

Por Lara Alves
Publicado em 12 de fevereiro de 2019 | 17:27
 
 
 
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Um processo inusitado chegou até o Tribunal de Justiça de Minas Gerais  (TJMG) em agosto de 2018 e só teve fim no começo deste ano. A história começou quando a Assembleia de Deus de Itabirinha, região Leste de Minas, decidiu expulsar um homem acusado de assediar sexualmente fiéis da congregação. Insatisfeito, o suspeito resolveu recorrer à justiça para voltar a frequentar os cultos e as atividades da igreja evangélica.

Aos tribunais mineiros, o homem alegou que a igreja não ouviu suas testemunhas de defesa durante o julgamento interno e ignorou as provas apresentadas. Logo que saiu a decisão que o expulsava, o acusado deu entrada com o processo na comarca de Mantena.

No entanto, a negativa do juiz, que considerou válida a decisão tomada pela Assembleia de Deus, revoltou o homem que novamente recorreu, desta vez ao TJMG.

O caso só teve fim em janeiro deste ano, quando o relator, o desembargador Arnaldo Maciel decidiu que a justiça não pode interferir no funcionamento das instituições religiosas.

Além disso, para Maciel, a expulsão decidida pela igreja não foi resultado de boataria, mas partiu da denúncia de várias mulheres que frequentam a Assembleia. Os outros dois desembargadores votaram de acordo com o relator.

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