Violência

Homem suspeito da autoria de 12 homicídios é preso em Betim

Polícia diz que preso tinha esquema de tráfico de drogas e armas

Publicado em 03 de outubro de 2019 | 17:10

 
 
Polícia prende suspeito de 12 homicídios em Betim Polícia prende suspeito de 12 homicídios em Betim Foto: Uarlen Valério
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Um homem suspeito de ser o responsável por 12 homicídios no bairro Vila Bemge, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, e de comandar esquema de tráfico de drogas e armas foi preso pela Polícia Civil. De acordo com a corporação, o suspeito foi preso em Felixlândia, na região central do Estado, em um condomínio de luxo. Para a Polícia, o homem disse que estava na casa por que queria pescar e aproveitar a vida no campo. 

De acordo com o delegado de Homicídios de Betim, Otávio Luiz de Carvalho, os homicídios supostamente cometidos pelo preso ocorreram entre agosto de 2017 e maio de 2019. Todos relacionados a uma guerra entre traficantes por pontos de droga. 

“Descobrimos que havia uma guerra entre duas facções pelo controle do tráfico de drogas na região e resolvemos apurar os homicídios. Esse autor preso é extremamente perigoso e responsável, diretamente, pela morte de 12 pessoas”, explicou. 

Segundo a Polícia Civil, ele iniciou no tráfico de drogas ainda aos 13 anos, como aviãozinho para um traficante atualmente preso em uma penintenciária em Ribeirão das Neves. 

“Ele foi crescendo nessa quadrilha e, com o passar do tempo ele virou o gerente. Depois que ele viu o seu crescimento e poderio que tinha, porque tinha disposição para matar, ele conseguiu tomar o controle e se tornar o patrão, gerando uma contenda com o antigo patrão”, explicou

As investigações apontaram  que a ascensão dele foi o estopim para a richa do suspeito com o antigo patrão. Na guerra pelo poder do tráfico, pelo menos 20 pessoas foram mortas. 

Dentre essas, a dona de um bar, no bairro vila bemge, que estava grávida e não concordou em transformar o comércio dela em um ponto de armazenamento de drogas e armas. 

Testemunhas também contaram à polícia que andava pelas ruas do bairro sempre armado e, esporadicamente, dava tiros para o alto, amedrotando os moradores. 

“A população ficava completamente acuada. Eles davam tiros, diziam ser os donos do bairro e expulsavam os moradores de suas casas para guardar nelas armas e drogas”, pontuou o delegado.

Com extensa ficha criminal, a pena para os supostos crimes pode variar de 12 a 30 anos para cada homicídio cometido.