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Hospital de Uberlândia isola UTI por causa de superbactéria

Seis pacientes internados no setor foram diagnosticados com a Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), que é considerada um dos mais resistentes e pode provocar a morte

Por Luciene Câmara
Publicado em 21 de julho de 2015 | 20:36
 
 
 
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Trinta leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HCU-UFU), no Triângulo Mineiro, precisaram ser isolados nesta terça-feira (21) por causa de contaminação com a superbactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC). Seis pacientes internados no setor foram detectados com o microorganismo, que é considerado um dos mais resistentes e pode provocar a morte.

Segundo a direção do HCU, os 30 leitos da UTI ficam impedidos de receber novos pacientes. “À medida que suas áreas forem desocupadas, serão submetidas a um processo de desinfecção e passarão a receber novos pacientes”, informou o hospital, em nota.

A instituição acredita que o processo completo de desinfecção, envolvendo todas as áreas da UTI, terminará em cerca de quatro semanas. O estado de saúde dos pacientes que estão contaminados não foi informado, bem como se ocorreram mortes em decorrência da contaminação.

O hospital declarou também que “essa situação está dificultando ainda mais o funcionamento do Pronto-Socorro do HCU por não conseguir transferir pacientes graves que precisam de internação em UTI”. O Corpo de Bombeiros de Uberlândia vai se reunir amanhã com autoridades competentes para discutir a interdição de leitos e definir para onde os pacientes serão encaminhados a partir de agora.

Superbactéria. A KPC é considerada uma das bactérias mais resistentes a antibióticos do mundo e atinge, principalmente, pacientes debilitados em centros cirúrgicos e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). O contágio aumenta o risco de morte dos internos e pode desencadear inflamações, pneumonia, infecções intestinais e urinárias e até infecção generalizada.

Os sintomas da KPC são, como o de outras infecções, febre, dores na bexiga e tosse. A transmissão pode acontecer em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.

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