Daniela Cristina dos Santos, a mãe acusada de matar o próprio filho autista em dezembro de 2015, na cidade de Juatuba, foi condenada a 15 anos de prisão em regime fechado durante julgamento realizado na cidade de Mateus Leme, na região metropolitana, na tarde desta sexta-feira (10). O garoto, de apenas seis anos, morreu por asfixia.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia do crime, por volta das 11h da manhã, a mulher se aproximou de seu filho, portador de autismo, o imobilizou e o segurou pela boca e nariz, tentando impedir sua respiração, sem êxito no primeiro momento. Não satisfeita, algumas horas depois, ela repetiu o ato e conseguiu asfixiar o filho. O garoto morreu na hora.
Durante interrogatório, a mãe confirmou a versão do Ministério Público, contando que deitou-se sobre o seu filho e tapou a boca e o nariz dele com as mãos. Perguntada sobre a motivação, ela alegou que cometeu o crime porque havia "determinado quanto tempo seu filho iria viver", completando que o matou "porque quis".
Daniela foi condenada por homicídio qualificado, por ter cometido o crime por meio de asfixia. Ao fixar a pena da acusada, o juiz Eudas Botelho considerou dois agravantes de pena, pelo crime ter sido cometido contra uma criança, e pela vítima ser seu filho, além da impossibilidade do garoto se defender.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a mulher, que já estava presa, não poderá recorrer em liberdade.