Ônibus

Manifestantes ocuparam Praça Sete para pedir que tarifas não aumentem

Eles chegaram a fechar a estação Move Senai na Antônio Carlos por cerca de 15 minutos

Por Cinthia Ramalho / Joana Suarez
Publicado em 09 de janeiro de 2015 | 20:52
 
 
 
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O discutível aumento das passagens de ônibus de Belo Horizonte gerou protestos, sendo que o último deles foi marcado para esta sexta-feira (9), às 17h, na praça Sete. Organizado no Facebook pelo movimento Tarifa Zero, o ato teve mais de 8.000 pessoas confirmadas na rede social, mas começou com cerca de 100 pessoas no local. Por volta das 19h, já eram 350 pessoas que se deslocavam para a avenida Antônio Carlos, fechando a via no sentido bairro. Eles colocaram fogo e pularam uma catraca em ato simbólico.

Mesmo com a suspensão parcial – vale apenas para as linhas suplementares, por enquanto –, os manifestantes reforçam o ato para pedir que o não-aumento nas tarifas, inclusive, das linhas metropolitanas, seja permanente ou, pelo menos, justificável.

A estudante Letícia Domingues, de 21 anos, representante do Tarifa Zero, diz que essa foi uma vitória inicial, mas que a luta continua. "É uma primeira vitória, mas vamos continuar, porque começamos na rua e vamos continuar na rua, para manter a pressão. Até porque ainda não houve a revogação do aumento nas linhas metropolitanas, né, nem nas convencionais".

O protesto não parou, mas o grito de guerra mudou após a decisão. Agora os manifestantes cantam em coro: "o aumento é ilegal, que decidiu foi a rua e o tribunal".

Os manifestantes chegaram a fechar a estação Move Senai na Antônio Carlos por cerca de 15 minutos e já retornam a praça Sete pela avenida Nossa Senhora de Fátima.

A auxiliar administrativa Aline Domenice, de 22 anos, conta que estava indo do centro para a Lagoinha, mas que ficou dentro do ônibus parado por cerca de 15 minutos por causa do ato. "Mas eu acho válido, porque eles estão protestando por um motivo justo", disse. Já o jornalista Gustavo Correia, de 45 anos, que estava tentando pegar um ônibus para a Pampulha, é contra o protesto. "Eu não concordo porque quando uma manifestação impede o direito de ir e vir das pessoas, ela é uma manifestação egoísta", contou. 

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