Pela terceira vez em menos de um ano, o médico ultrassonografista Fábio Lima Duarte, 37, suspeito de abusar sexualmente de mais de 100 vítimas, incluindo crianças e adolescentes, foi preso em Belo Horizonte. Ele foi preso por agentes da Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (17), na região da Pampulha, na casa dos país dele.
A Polícia Civil pediu a prisão dele, depois que um notebook de uso pessoal do médico foi apreendido. O eletronico continha material de conteúdo pornográfico infantil e vídeos produzidos pelo próprio médico durantes os exames. Ele foi detido durante a chamada operação Curie e ficará preso preventivamente até o julgamento.
Fábio Lima Duarte já havia sido preso duas vezes e estava solto desde abril deste ano. O médico está sob investigação sobre crimes relacionados à pedofilia e abuso sexual.
Material apreendido
Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil havia encontrado cerca de 30 mil arquivos contendo pornografia e imagens de exames de ultrassonografia. O suspeito tinha também vídeo de prática sexual com adolescente e um manual que orientava a prática de sexo com crianças.
O advogado de defesa afirmou na época que os delitos atribuídos ao cliente teriam sido cometidos antes de fevereiro de 2018, “o que confirma que não há atualidade que justificasse sua prisão preventiva.”
Detenções
Primera vez. A investigação contra o médico começou em meados do ano passado, após uma denúncia. Ele foi preso pela primeira vez em 31 de outubro de 2018, na casa dele, na Pampulha e solto em dezembro, depois ter sido beneficiado por um habeas corpus.
Segunda vez. Depois de um pedido da Polícia Civil, o médico foi preso pela segunda vez em 20 de fevereiro. Em abril, teve a prisão revogada em primeira instância e estava solto desde então.
As duas primeiras prisões foram por armazenamento de conteúdo pornografico infantil. Desta vez, ele poderá responder também por compartilhamento do material.
Conselho Regional de Medicina
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM - MG) informou que foi por meio da imprensa que soube da prisão do médico, no início do ano e que, na época, iniciou os procedimentos regulamentares para apurar os fatos. Ainda segundo a nota, o CRM do médico está suspenso por decisão judicial e que o processo contra ele corre em sigilo no CRM-MG.