SUS

Minas tem três macrorregiões com 100% de ocupação das enfermarias

Centro, Leste e Triângulo do Norte estão sem qualquer leito clínico vago nesta segunda (17/1), informa Painel de Monitoramento da Covid-19 do governo estadual

Por Gabriel Ronan
Publicado em 17 de janeiro de 2022 | 18:14
 
 
 
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Três das 14 macrorregiões mineiras não tem mais qualquer leito de enfermaria vago para receber pacientes, informa o Painel de Monitoramento da Covid-19 da Secretaria de Estado de Saúde (SES). São elas: Centro (onde está a Grande BH), Leste e Triângulo do Norte, todas com taxa de 100% de uso das camas do tipo. 

No Vale do Aço, o quadro também é crítico: 92,53% de ocupação. Outras quatro macrorregiões estão no estágio crítico da escala de risco, acima dos 70%: Noroeste (72,5%), Norte (74,3%), Oeste (74,06%) e Triângulo do Sul (79,81%).

No quadro geral, Minas registra taxa de uso de 84,93% das enfermarias. Apesar disso, o Estado garante que apenas 4,4% dos leitos ocupados servem a pacientes com diagnóstico ou suspeita de Covid-19.

Vale lembrar que Minas, e o Brasil como um todo, enfrentam uma nova alta de casos da Covid-19 por conta da variante ômicron e das aglomerações das festas de fim de ano. 

Há, ainda, um surto da gripe influenza. Uma nova cepa do vírus está em circulação, denominada H3N2. Essa variante já existia, mas ela apresenta algumas diferenças para os subtipos anteriores, portanto escapa dos anticorpos abrigados por boa parte da população. 

Minas registra 20.833 leitos de enfermaria no SUS atualmente. Desses, 16.815 estão em uso, sendo 916 por pacientes com suspeita ou diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus, conforme a SES.

UTIs em controle

Se no caso das enfermarias o quadro é crítico em Minas Gerais, nos leitos de terapia intensiva apenas a macrorregião Centro está no patamar crítico da escala de risco: 72,66% de ocupação. 

No contexto geral, a ocupação das UTIs está em 50,56% em Minas, dentro do nível de alerta, determinado entre 50 e 70 pontos porcentuais. 

Das 14 macrorregiões mineiras, 13 estão no nível de controle, abaixo dos 50%. Portanto, o alerta é puxado pela alta ocupação na Grande BH, onde estão boa parte dos leitos de terapia intensiva. 

A diferença no percentual de uso das UTIs e das enfermarias passa pela ômicron. De acordo com especialistas, a mais nova variante do coronavírus é bastante transmissível, mas não reflete em casos graves da doença, muito por conta dos anticorpos adquiridos pela população por meio da vacinação. 

SES se posiciona

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou que "segue avaliando o cenário epidemiológico e monitorando diariamente a ocupação dos leitos e demais indicadores relacionados a Covid-19". 

A pasta esclareceu que pode abrir novos leitos para atendimento de pacientes "caso haja necessidade". "Cada uma das 14 macrorregiões sanitárias possui um plano no âmbito de seu território, conforme as diversas fases em que a pandemia possa estar", completou.

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