CIDADES

Moradores reclamam de cheiro de esgoto

Cerca de 400 pessoas da comunidade do Novo Aarão Reis denunciam que problema traz, inclusive, doenças.

Por CAROLINA COUTINHO
Publicado em 24 de março de 2007 | 00:02
 
 
 
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O forte mau cheiro que exala dos bueiros da rede de esgoto no bairro Novo Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte, está deixando cerca de 400 moradores desesperados.

Além do incômodo relativo ao odor, pessoas da comunidade, principalmente as que residem nas ruas 40, 45, 46 e 47, onde o problema é mais acentuado, denunciam que estão adoencendo por consequência do problema que já dura cerca de um ano.

A aposentada Maria das Dores, 55, que mora na rua 40, disse que tem dores de cabeça frequentemente e que sente que elas começaram por causa do cheiro ruim.

Segundo ela, o ponto alto do mau cheiro ocorre sempre na parte da noite. "Depois de o sol bater o dia inteiro em cima do esgoto, à noite o cheiro fica muito forte", contou a aposentada. Uma das vizinhas da aposentada chegou a ser levada para o hospital porque se sentiu enjoada com o odor desagradável.

"Fiquei sabendo que ela (vizinha) passou muito mal", contou Maria das Dores. A dona de casa Luzia Fabiana do Nascimento, 33, moradora da rua 47, prefere sair de casa para evitar o mau cheio.

"O cheiro entra dentro da nossa casa e empesteia todos os cômodos. Até as roupas ficam fedendo", contou. Ela diz que procura passar as tardes na casa da cunhada para não ficar "cheirando esgoto".

Abaixo-assinado foi enviado à Copasa

O mau cheiro é tão incômodo, que Maria das Dores organizou um abaixo-assinado em nome dos moradores do Novo Aarão Reis e o enviou para a Copasa, empresa responsável pela tubulação do esgoto. Apesar de o documento ter sido enviado há alguns meses, ela reclama que eles ainda não obtiveram resposta.

"Já pedimos solução, mas não fomos ouvidos. Todos os dias praticamente vejo funcionários da Copasa aqui no bairro, mas eles não sabem explicar por que não resolvem a situação", afirmou.

A Copasa informou, por meio da assessoria de imprensa, que enviaria ontem à tarde uma equipe ao local para verificar a situação. Até o fechamento desta edição, o problema na região ainda não havia sido identificado.

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