Morreu por volta das 14h30 desta segunda-feira (17), no Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região da Pampulha, a mulher de 53 anos que foi internada na unidade após inalar fumaça da queima de pneus na avenida Antônio Carlos. Ocorreu no local, na última sexta-feira (17), protesto contra a reforma da Previdência e contra cortes no Ministério da Educação.
Edi Alves Guimarães era mãe de oito filhos e seguia para o trabalho em um ônibus quando foi intoxicada. Ela deu entrada na unidade de saúde em estado grave e não apresentou melhora no quadro de saúde durante os três dias de internação.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital, os médicos constataram morte encefálica nesta tarde.
Ainda de acordo com o hospital, ela chegou na unidade de saúde após sofrer uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimada. Depois disso, precisou ser internada no centro de tratamento intensivo (CTI).
Em nota, o hospital ressaltou que a causa da morte será investigada pelo IML. A unidade também informou no texto que não houve relato por parte da famíla da vítima de histórico de nenhum problema de saúde que poderia ter intensificado os efeitos da fumaça, como problemas respiratórios crônicos.
A Polícia Civil informou que vai investigar o caso.
Relembre o caso
Ela estava dentro de um ônibus indo trabalhar quando foi intoxicada pela fumaça de uma barricada de pneus montada pelos manifestantes, na última sexta-feira (14), próximo à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na avenida Antônio Carlos, na Pampulha
Segundo a Polícia Militar, que socorreu a mulher, o ônibus saía de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, para a capital. O veículo era o mais próximo da barricada.
Repercussão
No Facebook, algumas pessoas se mostraram consternadas com a situação. Um internauta disse que Edi trabalhava em uma terceirizada que presta serviços à empresa em que ele trabalha. “Pessoa muito amável e super querida”, escreveu.
“Tadinha, que coisa triste!”, publicou outra usuária da rede social. “Que Deus console os familiares da vítima!”, escreveu uma terceira pessoa.