Morreu na manhã deste sábado (28) uma das vítimas da explosão de uma caldeira na última sexta-feira (27) em uma siderúrgica no município de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas.
A informação foi divulgada na tarde deste sábado pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). O homem teve grande parte do corpo queimado e estava internado em estado gravíssimo no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.
Outra vítima segue internada na Unidade de Tratamento de Queimados do mesmo hospital e, segundo a Fhemig, tem estado de saúde grave.
Uma terceira vítima da explosão sofreu queimaduras na região dos olhos e foi atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Divinópolis.
A explosão
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, funcionários que atuavam no local da explosão disseram que o silo de armazenagem (poeira de carvão) teve superaquecimento, gerando uma pequena explosão que rapidamente se propagou para outras áreas da empresa.
Ainda segundo os militares que atuaram na ocorrência, o procedimento correto previa que primeiro fosse aberta a válvula de alívio - o que não teria sido feito pelos funcionários. Com isso, a substância conhecida como munha, ao entrar em contato com o oxigênio, gerou uma explosão.
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Contudo, a causa do acidente ainda será avaliada pela perícia da Polícia Civil.
A fábrica onde ocorreu a explosão pertence à União Siderurgia e fica localizada no KM 18 da BR-494, entre Divinópolis e Nova Serrana.
Siderúrgica
As operações da fábrica eram de responsabilidade da AcelorMittal, que assumiu o local em 2018 após comprar a Votorantim Siderurgia. No entanto, a AcelorMittal informou na última sexta-feia (27) que o arrendamento dos alto-fornos da fábrica foi encerrado em julho de 2019 e que as operações voltaram para a empresa União Siderurgia, proprietária do terreno e da siderúrgica.
A reportagem tentou contato com a União Siderurgia, mas não obteve sucesso.