Honório Bicalho

Mulher mata o marido com facada após o jantar em Nova Lima

Ela contou aos militares que golpeou o marido na mão durante uma discussão

Por Mariana Nogueira e Pedro Ferreira
Publicado em 13 de novembro de 2019 | 10:45
 
 
 
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Após confessar ter matado o próprio companheiro com uma facada por ter sido chamada de “desgraça” no apartamento do casal em Nova Lima, na região metropolitana de BH, nessa terça-feira (12), A mulher, de 45 anos, foi autuada em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil. Ela foi encaminhada ao presídio feminino de Vespasiano, também na região metropolitana, nesta quarta-feira (13). O crime aconteceu durante um jantar de família e foi presenciado pela filha do casal, de 7 anos.

O fato aconteceu em um conjunto habitacional no bairro Honório Bicalho. Segundo a delegada Karina Resende, que está à frente do caso, foi a autora do homicídio quem procurou a polícia. A mulher contou que estava bebendo com o homem, de 41, quando pediu que ele parasse de consumir bebida alcoólica. Ela derrubou a garrafa e os dois entraram em uma discussão.

Veja vídeo e fotos:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

MULHER MATA MARIDO A FACADAS - Após confessar ter matado o próprio companheiro com uma facada por ter sido chamada de “desgraça” no apartamento do casal em Nova Lima, na região metropolitana de BH, nessa terça-feira (12), uma mulher, de 45 anos, foi autuada em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil. Ela foi encaminhada ao presídio feminino de Vespasiano, também na região metropolitana, nesta quarta (13). O crime aconteceu durante um jantar de família e foi presenciado pela filha do casal, de 7 anos. Leia a matéria completa no link da bio e assista à entrevista com a delegada Karina Resende. Crédito: Ramon Bitencourt/O TEMPO (@ramonbitencourt)

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“A vítima acabou ficando nervosa e chamou a autora de ‘desgraça’. Nesse momento ela ficou nervosa, pegou uma faca e desferiu uma facada no braço da vítima. Ele teria ficado andando sangrando pela casa, depois deitou no sofá. Ela achou que ele teria ido dormir e ao tentar acordá-lo, ele já não estava mais com vida”, afirmou.

Ainda segundo a delegada, “dar facadas” seria algo natural à mulher. Em 2016, Silva chegou a registrar um boletim de ocorrência afirmando ter sido esfaqueado pela companheira. “Essa ocorrência deu origem a um inquérito policial, porém não teve representação da vítima, ele desinteressou e o inquérito foi arquivado”, explicou. 

Embora a mulher tenha procurado a polícia de forma espontânea e tenha alegado que não tinha a intenção de matar, para a Polícia Civil, ação caracteriza dolo eventual, o que justifica a autuação por homicídio qualificado. “Em declarações, ela relata que não teve a intenção de matar a vítima, mas só por esse fato de ela ter deferido uma facada, não ter prestado socorro imediato, ele ter ficado sangrando pela casa e ela ter deixado essa situação, a gente entende que há, no mínimo, um dolo eventual. Então essa falta de intenção que é, talvez, um crime culposo, não funcionou e a gente considera realmente que foi doloso”, explicou a delegada. 

Mônica não tem passagens por outros crimes, segundo a Polícia Civil. O corpo de Adriano Silva passou por exames de necropsia no Instituto Médico Legal (IML). A filha do casal está aos cuidados de uma tia.

 

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