Pena pode chegar a 9 anos

Mulher que fez vídeos sobre caixões enterrados com pedras em BH é investigada

Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso; nas imagens, suspeita diz que, ao invés de corpos de vítimas da Covid-19, há pedras e madeiras nos caixões

Por Rômulo Almeida
Publicado em 05 de maio de 2020 | 11:27
 
 
 
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A Polícia Civil instaurou inquérito, nessa segunda-feira (4), para investigar a autora de um vídeo com informações falsas sobre sepultamento de vítimas da Covid-19 em Belo Horizonte. Na gravação que circula na internet, ela afirma que caixões foram enterrados com pedras e madeiras, em vez de corpos. 

O delegado Wagner Sales, chefe do 1° Departamento de Polícia Civil, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (4), informou que a pena da autora pode chegar a 9 anos de prisão e multa pelos crimes de denunciação caluniosa contra a administração da Justiça, difamação contra o prefeito da capital - citado no vídeo - e contravenção penal pela propagação de pânico.

Segundo o delegado, elementos como o sotaque da autora do vídeo estão sendo usados para chegar até a mulher. "A gente percebe que no vídeo ela está em uma loja, ela fala que está em Minas Gerais e que ela tem um sotaque peculiar", diz.

No podcast Tempo Hábil Entrevista: especialista explica por que apenas reduzir o número de casos não é suficiente

 

A polícia conta com a participação da população para chegar até a autora da gravação, por meio de denúncia anônima pelo número 181.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) havia desmentido o conteúdo do vídeo, na sexta-feira (1°), e informado que os enterros em cemitérios da capital são feitos apenas por profissionais credenciados da PBH. A administração municipal também negou que houve exumação de corpos na cidade.

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