O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lamentou as mortes por Covid-19 registradas no Estado e disse que nenhuma delas ocorreu por falta de atendimento. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (1º), dia em que Minas chegou à marca de mais de mil óbitos por coronavírus, Zema ressaltou a necessidade de manutenção das medidas de prevenção, como isolamento social e uso de máscara.
“O governo do Estado tem feito sua parte para que o sistema de saúde consiga receber todo mineiro que necessite (de atendimento). Nenhum desses 1.007 óbitos que ocorreram em Minas Gerais foi devido à falta de atendimento. Foram pessoas que, infelizmente, não resistiram ao vírus”, afirmou Zema.
Minas Gerais tem, até o momento, 47.584 casos confirmados de coronavírus e 1.007 óbitos. A taxa de letalidade da doença no Estado está em 2,1%.
Segundo o governador, em fevereiro, o Estado tinha 1.072 leitos de terapia intensiva. Hoje, são 3.234. “Estamos ampliando ainda. Nos últimos 15 dias somente, conseguimos disponibilizar 270 e, no decorrer deste mês, uma quantidade semelhante a essa passará a operar”, disse.
Ele destacou que a região Central de Minas, onde está Belo Horizonte, recebeu 275 leitos. O Vale do Aço ganhou 70, o Triângulo Norte, 55, e a região Centro-Sul, 78 leitos.
Ainda de acordo com Zema, o Estado adquiriu 1.047 respiradores, dos quais cerca de metade foi recebida e está sendo distribuída às regiões, conforme a necessidade de cada uma.
“Desde março, temos atuado diariamente para retardar e amenizar o crescimento da curva e conseguimos, porque, somente agora, no mês de julho, teremos o pico da curva. Podemos dizer que conduzimos de forma adequada, dentro daquilo que estava ao nosso alcance”, pontuou Zema.
Segundo ele, o hospital de campanha implantado pelo governo do Estado no Expominas, em Belo Horizonte, vai entrar em funcionamento “assim que necessário”, quando a capacidade de expansão de leitos em hospitais convencionais estiver próxima do fim.
“Tudo o que estava ao alcance do Estado foi feito. Espero que venhamos a passar este mês de julho, que é o pico da pandemia no Estado, quando teremos mais casos e, provavelmente mais óbitos, de forma adequada”, concluiu o governador.