Danos

PBH pretende decretar situação de emergência devido às fortes chuvas

O objetivo é garantir recursos junto ao governo federal para reparação de danos na região

Por Mariana Nogueira
Publicado em 20 de janeiro de 2020 | 16:31
 
 
 
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A prefeitura deve decretar situação de emergência nesta terça-feira (21) em relação aos danos provocados pela chuva desse domingo (19) na avenida Tereza Cristina.

O objetivo é garantir recursos junto ao governo federal para reparação de danos na região. Segundo a Defesa Civil, estatísticas mostram que chuva registrada só acontece a cada mil anos. 

O prefeito Alexandre Kalil afirmou que mesmo que todas as obras estivessem prontas, situação registrada nesse domingo seria catastrófica.

“Nós temos que saber que a política não é feita em cima de tragédias, de catástrofes, então o prefeito tenta abafar o oportunismo. A chuva é chamada tecnicamente de chuva de mil anos. Ou seja, 102 milímetros em 40 minutos. Eu quero esclarecer que se todos os nossos projetos e se todas as nossas bacias de contenção estivessem prontas, aconteceria o que aconteceu ontem em Belo Horizonte. Esse é um dado que me assustou”, afirmou Kalil. 

O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas, explicou que recursos serão empenhados pelo governo federal. “Nosso objetivo é verificar os danos e, a partir da decretação de situação de emergência e do envio do plano de trabalho, a gente poder liberar recursos para reconstrução das áreas afetadas. O valor depende das vistorias que estão sendo feitas".

Alexandre Lucas ainda falou sobre a programação do início das obras. "A nossa ideia é que o mais rápido possível a gente libere esses recursos. O início das obras vai depender do cronograma do município. Tecnicamente falando, essa volume que caiu aqui na região metropolitana e também no Espírito Santo, é uma chuva que, em tese, aconteceria agora e só daqui a mil anos ou teria acontecido há mil anos e só agora de novo”. 

Córrego Ferrugem

O prefeito ainda criticou as obras paradas do córrego Ferrugem. “O mais grave da Tereza Cristina é que a solução não vem de Belo Horizonte. Sabemos que a prefeitura de Contagem passa por um momento difícil, como todas de Minas Gerais, porque tomaram um cano histórico do governo anterior. Quando o córrego do Ferrugem, o projeto apresentado pelo governo do Estado e pela Copasa em 2013, prevendo três bacias de contenção no ferrugem, não foi feito, está parado no Estado e Contagem não tem condições de executar. Está todo mundo tentando mitigar problemas de anos em Belo Horizonte. O problema e a culpa continuam sendo do prefeito de Belo Horizonte, porém ele tem o direito de se defender e estou me defendendo de uma chuva de mil anos”, disse.

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