BETIM

Pela terceira vez em uma semana, guardas voltam a protestar e fecham a BR-381

Entre as principais reivindicações estão o reajuste de quase 100% no vencimento da categoria, implementação do plano de carreira e a melhoria da infraestrutura de trabalho

Por MÁBILA SOARES
Publicado em 09 de setembro de 2013 | 12:06
 
 
 
normal

Cerca de cem guardas municipais de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, fizeram, nesta segunda-feira (9), mais uma manifestação para cobrar da prefeitura um posicionamento sobre a campanha salarial da categoria e por melhores condições de trabalho. Os manifestantes fecharam a BR-381 por alguns minutos, e pelo menos quatro quilômetros de congestionamento se formaram na região. Essa é a terceira vez, em uma semana, que os guardas cruzam os braços.

Os manifestantes fecharam a rodovia na altura do km 494, e o tráfego ficou completamente interditado no sentido São Paulo. Por volta das 11h45, os guardas liberaram a via. 

Entre as principais reivindicações da categoria, estão o reajuste de quase 100% no vencimento – que, atualmente, é de R$ 1.154 –, a implementação do plano de carreira e a melhoria da infraestrutura de trabalho, com a aquisição de equipamentos de segurança pública e de proteção individual, como colete à prova de balas, spray de pimenta e pistola elétrica.

Na última quinta-feira, os protestos começaram na Câmara Municipal, durante a reunião dos vereadores. Em seguida, o grupo, formado por guardas da cidade e de municípios vizinhos, seguiu em direção à sede do governo, onde foi recebido pelo coronel Evandro Teófilo Elias, superintendente de Segurança Pública.

Segundo o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Minas Gerais (Sind-Guardas/MG), Pedro Bueno, a categoria busca o apoio dos parlamentares para ajudar nas negociações com o Executivo. “Há 12 anos não temos um plano de carreira. Trabalhamos sem estrutura física e temos um dos piores salários da região metropolitana. É um descaso".

Ainda conforme Bueno, durante o protesto na prefeitura, não houve posicionamento concreto por parte do governo e nenhuma reunião foi agendada. 

Resposta
Segundo a chefe de Gabinete da Prefeitura de Betim, Zizi Soares, “desde o início das negociações, foi deixado claro para a comissão dos guardas que, diante das dívidas herdadas pela gestão passada, não há possibilidade de atender a todas as reivindicações neste momento, principalmente, porque temos, como administradores, que respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.

Ainda conforme Zizi, " diante da falta de respeito da classe que, inclusive, algemou o portão de saída do gabinete do prefeito, nós decidimos que não vamos mais abrir a mesa de negociação, enquanto eles não adotarem uma postura de diálogo”, reforçou.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!