O Corpo de Bombeiros encerrou no início da noite desta terça-feira (3) o segundo dia de buscas por Maria Regina de Deus, de 60 anos, que desapareceu nessa segunda-feira (2) após o carro em que ela estava ser levado pela enxurrada em Sete Lagoas, na região Central do Estado. A mulher estava em um carro de aplicativo, que caiu dentro de um córrego no bairro Nova Cidade. O motorista, Wagner Venâncio dos Santos, 36, morreu e o corpo dele foi encontrado mais de 15 horas depois.

Maria havia saído de um curso de costura no bairro Primavera quando solicitou a corrida. Ela chegou a ligar para o marido no momento em que o carro foi atingido afirmando que sairia do veículo, mas ele acabou perdendo contato com a mulher momentos depois. Ao todo, 20 militares do Corpo de Bombeiros atuam nas buscas. Segundo o tenente Otacílio Coutinho Júnior, área de buscas é de difícil acesso.

“A busca é complicada devido a grande concentração de vegetação às margens do rio, então estamos com as buscas dificultadas. Temos o apoio de um cão no momento e vamos continuar até conseguir localizar essa vítima. A chuva com certeza pode prejudicar as buscas e pode atrapalhar e colocar em risco as equipes que estão em campo. A partir do momento em que não se tem mais visibilidade pelo período noturno, encerramos e amanhã, assim que clarear o dia, continuamos”, disse. 

As buscas, segundo o tenente, foram concentradas em cerca de 800 metros a um quilômetro de onde o veículo estava, visto que o corpo do motorista foi encontrado a cerca de 300 metros do carro. As buscas pela mulher já foram a dois quilômetros do local.

Essa já é a quarta vez, nas últimas semanas, que moradores de Sete Lagoas lidam com as consequências de alagamentos e enxurradas. De acordo com o tenente, comunidade precisa estar atenta às chuvas. “A recomendação é que sempre evitem sair de casa. Caso já esteja em veículo, evitar locais onde aconteçam essas ocorrências e evitar estacionar próximo a árvores. Quando temos um veículo num local alagado, não recomendamos sair do carro, porque não sabemos onde estamos pisando, pode ter uma boca de lobo e ser um fator de ainda mais risco”, afirmou.