Três homens foram presos, nesta sexta-feira (27),  durante a terceira fase da operação "Muro Limpo", da Polícia Civil, que teve como objetivo combater pichações e crimes contra o patrimônio em Belo Horizonte. De acordo com a instituição, um dos investigados foi preso em uma cobertura de luxo da família na Savassi, área Centro-Sul da capital. 

"As investigações começaram no fim do ano passado quando ocorreram várias pichações no muro da Diretoria de Transportes da Polícia Civil. De lá para cá houve o mapeamento dos responsáveis, o cumprimento de duas fases da operação Muro Limpo, onde conseguimos a coleta de vários elementos e foi possível fazer a associação da pichação com os investigados",  explicou o delegado Eduardo Vieira Figueiredo, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente (Dema).

Os presos, que têm entre 20 e 30 anos e não tiveram os nomes divulgados, estavam nas casas deles. Além do detido na Savassi, foram cumpridos mandados de prisão temporária no bairro Silveira, região Nordeste da capital e na cidade de Esmeraldas, na região metropolitana. Os suspeitos seriam de dois grupos diferentes. 

"Nesse meio criminoso existe uma diferenciação. Os grupos se associam e vão passando por diversos tipos de classes. A gente pode verificar com os presos que dois deles fazem parte de um grupo de pichadores que detém um nível social melhor (os presos em BH) e um outro que tem um nível mais humilde. O crime de pichação e de dano permeiam diversas áreas sociais", detalhou o policial. 

Prejuízos

Os danos patrimoniais geram prejuízos aos cofres públicos que podem chegar a milhões. Segundo a polícia, só as pichações nos muros da instituição causaram uma despesa de aproximadamente R$ 600 mil.

"Através das pichações em prédios públicos, esse prejuízo chega a casa de milhões na manutenção desses prédios. O papel da Guarda Municipal, através do setor de inteligência, faz o levantamento dessas pichações e repassa à Polícia Civil e através dos nossos guardas que fazem o monitoramento para evitar as pichações", disse o subinspetor Reginaldo Luiz Santos, da Guarda Municipal da capital. 

Abusado

Na segunda fase da operação, o investigado que mora em Esmeraldas, mas comete os crimes em Belo Horizonte, chegou a zombar da ação da Polícia Civil, que cumpria um mandado de busca e apreensão na casa dele. 

"Veio aqui hj é não arrumou nada kkkkk VIVA O PIXOOOO (SIC)", escreveu ele em uma foto postada nas redes sociais em que mostra os policiais no imóvel. 

O trio vai responder por associação criminosa, com pena de um a três anos de reclusão, dano ao patrimônio, com um a seis meses de detenção, e pichação, em que a pena pode variar de três meses a um ano de detenção.