A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou nesta quarta-feira (12) a identidade de um homem suspeito de cometer pelo menos três estupros em Belo Horizonte: trata-se de Carlos Cesar Ferraz de Lacerda, de 34 anos. O caso veio à tona após uma adolescente de 17 anos denunciar um crime ocorrido no último sábado (8) no bairro Tupi, na região Norte da capital.
De acordo com a PCMG, após ele ser preso no fim de semana, a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) iniciou as investigações e localizou um segundo inquérito policial, de 2016, em que uma vítima de 16 anos denunciava o crime de estupro cometido por ele. De acordo com o depoimento, a menor de idade descrevia as mesmas características físicas do preso, assim como a forma violenta de abordagem e ameaças semelhantes.
Conforme os levantamentos, além dessas vítimas adolescentes, em janeiro deste ano uma jovem de 19 anos registrou o mesmo crime. Na manhã desta quarta-feira, ela foi até à delegacia e reconheceu o suspeito.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Diego Lopes, é provável que o homem tenha feito outras vítimas. “É pouco provável que um homem com esse perfil violento tenha ficado quatro anos sem cometer crimes. Foram dois estupros em 2020 e um em 2016. Acredito que existam outras vítimas que irão reconhecê-lo”, disse.
Características
De acordo com as vítimas, Carlos se apresentava como policial, mostrava uma arma e ameaçava matar toda a família da vítima caso ela decidisse denunciá-lo. Ele cometia os crimes dentro de seu carro, um Astra vermelho - tanto o veículo quanto a arma foram apreendidos no último sábado.
Sobre esse último estupro, as investigações já foram encerradas. O suspeito foi indiciado por estupro de menor de 18 anos, porte ilegal de arma, sequestro, posse de munição e ainda crimes contra a fauna, já que foram encontrados pássaros sem registros em sua casa.
A titular da Depca, Delegada Iara França, orientou que, caso alguma mulher reconheça o suspeito como autor de outros crimes, que procure a Polícia Civil. “As mulheres podem procurar a Depca ou a Delegacia de Atendimento à Mulher para fazer a denúncia. A Polícia Civil está apta a recebê-la”, destacou.