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Policial militar entra em surto psicótico e atira no vizinho em Betim

Conforme a corporação, ela invadiu apartamento durante a madrugada e efetuou vários disparos; homem foi levado para hospital e não corre risco de morrer

Publicado em 08 de janeiro de 2021 | 12:00

 
 
Caso aconteceu no bairro Jardim Alterosas, em Betim Caso aconteceu no bairro Jardim Alterosas, em Betim Foto: Uarlen Valério/O Tempo
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Em surto psicótico, uma policial militar de 29 anos atirou no vizinho em um prédio no bairro Jardim Alterosas, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, durante a madrugada desta sexta-feira (8). De acordo com a corporação, a militar invadiu o apartamento pelo telhado que dá acesso à uma área privativa por volta de 2h40. Antes, ela teria estacionado o carro na garagem do local e, ao sair do veículo, bateu nas portas de outras unidades para pedir socorro.

Na sequência, a policial ainda efetuou dois disparos contra uma porta de vidro que dava acesso aos fundos do local. "Essa autora chegou próximo ao quarto do casal e lá teria dito algumas ideias desconexas, dizendo que estava sendo perseguida, que tinha uma pessoa atrás dela naquele momento", relatou a capitã Layla Brunella, chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar.

O casal ainda tentou acalmar a militar, que pediu que a porta do apartamento fosse aberta para ela fosse embora. Porém, quando o homem chegou próximo, ela fez mais nove disparos – quatro atingiram a vítima nas pernas e na nádega. "Esses ferimentos não trazem risco de morte, segundo o médico, mas ele passa por cirurgia", acrescentou a capitã. Já a policial é acompanhada por um psicólogo da unidade em que trabalha, em Betim, e recebe atendimento no hospital Mater Dei. Ela deve ser encaminhada para uma unidade psiquiátrica.

Conforme o boletim, o caso aconteceu na rua Joaquim Bonifácio. A vítima alegou que já tinha visto a militar no prédio, porém nunca tiveram nenhum problema.

Sem histórico de 'transgressões'

A militar, que está na corporação há quase três anos, é de Goiás e vive sozinha em Betim. A chefe da Sala de Imprensa enfatizou que "não há nenhum histórico de transgressões disciplinares de crimes cometidos ou qualquer atendimento psicológico e psiquiátrico que tenha sido necessário ao longo desse período de carreira".

Recentemente, o pai da autora faleceu e, por conta disso, ela estaria mais calada e triste nos últimos dias. "Esse foi o fato relatado pelos militares, mas não houve nenhuma situação de consulta ou reclamação mais contundente, nem de um comportamento estranho", explicou. A militar também estava de folga quando o caso aconteceu.

A arma foi apreendida e a militar vai passar por avaliações psicológicas. Um procedimento administrativo será instaurado para apurar o ocorrido.