O pai do padrasto da adolescente morta em Nova Serrana foi preso na sexta-feira (17) depois de confessar à Polícia Civil ter estrangulado e matado a adolescente após ela se recusar a manter relações sexuais com ele. A informação foi confirmada pela delegada da cidade da região Centro-Oeste, Angelita Viviane Soares, neste domingo (19).
O homem mora nas proximidades da casa da vítima e, quando soube que ela estaria na sozinha residência, foi até o local para abusar sexualmente dela. A vítima não teria ido trabalhar na quarta-feira (15), dia em que o crime ocorreu, porque estava doente com sintomas de dengue.
A adolescente, porém, começou a brigar com o homem quando soube o motivo da presença dele no local. “Ela chegou a pedir socorro, mas ele tapou a boca dela dizendo que, se gritasse, teria de matá-la”, informou a delegada.
Eles, então, entraram em luta corporal, e a adolescente acabou sendo estrangulada e morta pelo homem. O corpo dela foi encontrado com a cabeça submersa em uma banheira, e na casa havia vários fios de cabelo da menina espalhados.
O homem já tem um histórico de abusos contra a garota, a irmã da adolescente, de 17 anos, e uma enteada. “Ele tem um histórico de pedofilia, de sempre querer passar a mão no corpo das meninas”, disse. No exame de corpo delito realizado na garota após a morte ficou constatado que ela era virgem.
O pai do padrasto da vítima foi intimado a comparecer na delegacia de Polícia Civil da cidade na última sexta, quando confessou o crime. Ele foi preso e encaminhado para o Presídio de Nova Serrana.
O caso
A adolescente foi encontrada morta com sinais de violência pelo corpo e a cabeça submersa em uma banheira na quarta-feira (15), em Nova Serrana. A menina foi encontrada já sem sinais de vida pela mãe, que chegava do trabalho.
À polícia, a mãe da adolescente contou que saiu para trabalhar por volta das 7h da manhã e deixou a filha em casa. A menina estava com febre e sensação de mal-estar e, por isso, não precisou ir para a escola. No meio da tarde, a mãe ainda ligou para saber como ela estava, a menina atendeu e conversou normalmente.
No entanto, por volta das 17h, ao chegar do trabalho, a mulher encontrou sua filha com a cabeça dentro de uma banheira de bebê cheia de água. Desesperada, ela ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) onde foi orientada para tentar reanimar a filha. Mesmo com a massagem cardíaca, a menina não reagiu.
Os militares relatam que, ao chegar na casa, encontraram a mãe já amparada por profissionais do SAMU. No local, havia vestígios de luta corporal, vários fios de cabelo da adolescente estavam espalhados pelo chão.
Segundo a mãe contou para a polícia militar, a adolescente não tinha rixas ou desafetos, não estava namorando e nunca apresentou comportamentos violentos.
Os peritos que estiveram na cena do crime constataram que não houve arrombamento e que apenas o celular da menina foi levado. Também foram identificadas lesões por todo o pescoço da garota. (Com Lara Alves)