Em Itaúna

Quadrilha especializada em furtos a casas lotéricas é presa pela Polícia Civil

Investigação apontou que grupo com nove integrantes agia pela madrugada quebrando a parede dos locais por meio de imóveis e terrenos vizinhos; líder do bando está foragido

Por Bruno Menezes
Publicado em 26 de novembro de 2020 | 16:03
 
 
 
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Seis pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em furto a casas lotéricas de Belo Horizonte e em pelo menos outras quatro cidades do Estado foram presas na última terça-feira (24), em Itaúna, na região centro-oeste do Estado, na segunda fase da operação Pedra Negra, da Polícia Civil. 

As investigações apontaram que nove pessoas integravam o grupo, sendo três mulheres e seis homens. Parte deles também teriam parentesco entre si. Além dos seis presos na operação, outros dois já se encontravam no Sistema Prisional. Um suspeito de 50 anos que é conhecido como “Coroa” e tem várias passagens pela polícia, é apontado como o líder da quadrilha e está foragido. 

De acordo com o delegado do Departamento Especializado em Crimes contra o Patrimônio (Depatri) da Polícia Civil, Gustavo Barletta, o grupo teria praticado de oito a dez roubos a casas lotéricas desde o ano passado e as ações resultaram em um prejuízo de pelo menos R$ 200 mil.

“Tratam-se criminosos jovens, a maioria deles, a exceto do líder da organização. Esse líder é um homem já conhecido da Polícia Civil. É uma pessoa com diversas passagens e condenações na Justiça por, exemplo, furtos, receptações, falsificação de documento, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ele é o grande articular da organização e os demais seguem os seus passos e as suas ordens”, explicou. Os outros oito integrantes da quadrilhas possuem idades de 19 a 28 anos. 

Os roubos

Segundo o delegado, os roubos aconteciam geralmente pela madrugada e a quadrilha escolhia casas lotéricas que ficavam ao lado de terrenos baldios ou imóveis abandonados.

“Passavam ali a noite toda, até que em determinado momento eles passavam a quebrar paredes utilizando materiais de construção, como picaretas e marteletes. Quando conseguiam acesso à casa lotérica, passavam a arrombar o cofre e subtrair o que que estava lá”, explicou o delgado Gustavo Barletta. 

As investigações revelaram também que para cada roubo, os suspeitos faziam um revezamento, sendo que apenas quatro deles atuavam em cada ação. Dois invadiam as lotéricas e outros dois, geralmente um homem e uma mulher, que simulavam ser um casal, ficavam na rua fazendo o trabalho de olheiros, para avisar o restante da quadrilha caso algo desse errado.

A polícia descobriu que os golpes foram aplicados em Belo Horizonte, Itaúna, Sete Lagoas, na região central de Minas, Itabira e Ferros, na região metropolitana. 

Operação

A primeira fase da operação Pedra Negra foi deflagrada em março deste ano, em Belo Horizonte. Na oportunidade, a Polícia Civil conseguiu prender quatro pessoas em flagrante, que estavam planejando um furto a uma casa lotérica no bairro Milionários, na região do Barreiro. 

“Eles estavam dentro de um imóvel, ao lado da lotérica, quebrando uma parede. Eram três homens uma mulher, sendo que dois homens tinham passagem pela polícia. Os que tinham passagem ficaram presos por cerca de três meses e outros dois foram colocados em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica”, disse o delegado. 

Prisão

Os integrantes da quadrilha poderão responder pelos crimes de associação criminosa e furto qualificado. "Possivelmente eles podem pegar uma pena de oito a 16 anos de prisão", explicou o delegado. 

 

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