Quatro pessoas foram presas pela Polícia Civil, no Triângulo Mineiro, suspeitas de envolvimento na morte de Greiciara Belo Vieira, de 19 anos. A vítima estava grávida de nove meses e foi sequestrada em Uberlândia, na última quinta-feira (18). No domingo (21), o corpo dela foi encontrado em uma represa, em Ituiutaba, sem o bebê.
Os presos são uma mulher de 30 anos, que teria encomendado a morte da vítima; dois jovens de 22 e 24 anos e uma enfermeira de 60 anos. Todos eles foram detidos em flagrante pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e subtração de incapaz.
O bebê, uma menina, está no Hospital de Clínicas de Uberlândia, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e passa bem.
Investigações apontaram que a jovem foi dopada com um éter já perto da represa de Ituiutaba. Em seguida, a enfermeira fez uma cirurgia improvisada. Logo depois, Greiciara foi envolvida em uma tela, amarrada a uma pedra e jogada na represa. As investigações ainda estão em curso e outros suspeitos de envolvimento no crime estão sendo procurados.
Relembre o caso
Greiciara foi vista pela última vez na última quinta-feira (18) na casa da mãe. Ela saiu após receber uma ligação de uma mulher afirmando que tinha roupas de criança para doar. Como a filha não retornou, a mãe registrou um boletim de desaparecimento.
Já nesse domingo (21), a vítima foi encontrada dentro de uma represa, em Ituiutaba, na mesma região, com a barriga aberta. Em entrevista à reportagem de O TEMPO, o cunhado da jovem disse que ela estava ansiosa para ganhar a filha, que receberia o nome de Alícia Marianny.
A vítima estava com os pés amarrados por um tecido e o corpo envolto por uma tela de arame junto com uma pedra grande, além de estar com o abdômen aberto e com as vísceras expostas.
O crime aconteceu após uma mulher perder o filho e “encomendar” outro bebê para colocar no lugar. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, durante rastreamento em Uberlândia, onde ocorreu o desaparecimento de Greciara Belo Vieira, policiais chegaram à casa da suspeita, onde a criança estava. Ao ser questionada, a mulher confessou o crime.
A dona de casa afirmou que, em data anterior, perdeu um filho e resolveu encomendar uma outra criança para “apresentar à família”. Ela disse que contou com a ajuda de uma travesti da cidade, que conhecia a vítima. Eles teriam atraído a jovem com a desculpa que doaria roupas infantis.
Quando a grávida chegou ao local marcado, ela foi dopada e levada para Ituiutaba, onde foi realizado o parto. Detalhes do procedimento para retirar a criança da barriga e se alguma quantia foi paga ainda não foram divulgados pelo delegado. A princípio, o pai da criança não tem envolvimento com o crime.
Atualizada às 17h43