Suspeita

Revolta por ter sido afastado da igreja pode ter motivado tiros em Paracatu

Testemunhas contaram à PM que atirador tinha sido afastado de trabalhos da igreja por comportamento transtornado

Por Natália Oliveira e Sandra Pedrosa
Publicado em 22 de maio de 2019 | 10:42
 
 
 
normal

Rudson Aragão Guimarães, de 39 anos, autor do tiroteio em Paracatu, na região Noroeste do Estado, que deixou quatro mortos, estava insatisfeito por ter sido retirado de algumas orações e da participação de trabalhos na igreja.

Essa pode ser uma motivação para o ataque. A informação foi dada por testemunhas à Polícia Militar. A Polícia Civil ainda faz levantamentos de investigação do caso e a causa para o ataque ainda não foi concluída. 

Em entrevista à Radio Super FM, o tenente-coronel  Luiz Magalhães, de Paracatu, contou que frequentadores ouvidos pelos militares disseram que o suspeito era membro da igreja, mas que nos últimos dias estava tendo um comportamento de transtorno. 

"Ele dizia estar ouvindo vozes e estava envolvido com drogas.  Por causa desse comportamento, ele foi afastado da igreja. Havia insatisfação dele de ter sido retirado de trabalhos da igreja", contou o policial.

Segundo o tenente-coronel, a motivação para o ataque ainda será investigada, mas não há relatos de crime passional - motivado por não aceitação de fim do relacionamento. A ex-namorada do agressor também era frequentadora da mesma casa religiosa. 

Heloísa Vieira Andrade, de 50 anos, estava na casa de Rudson fazendo uma oração junto com a mãe e irmã dele - ela tinha costume de frequentar a casa da ex-sogra - quando o suspeito chegou e cortou o pescoço dela com um canivete. A onda de crimes começou neste momento às 19h40.  

Depois, o suspeito seguiu para a igreja, invadiu o templo e começou a gritar prometendo atirar no pastor. O religioso conseguiu fugir, e outras três pessoas que estavam no local foram alvejados por Rudson. 

Duas mulheres, Marilene Martins de Melo Neves, de 52, e Rosângela Albernaz, de 49 anos, e o pai do pastor, Antônio Rama, de 66 anos, foram mortos. 

A polícia atirou no suspeito que foi socorrido para o Hospital Municipal de Paracatu, onde está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), estável, com previsão de liberação nos próximos dias. 

De acordo com o tenente-coronel, o atirador tem passagem por tráfico de drogas. Segundo relato da família dele à polícia, ele estava desempregado há três anos. 

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!