Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (6), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, comparou a epidemia do novo coronavírus à passagem de um furacão: "Estamos indo em direção ao pico. Nós poderíamos comparar com um furacão, que nós estamos olhando para ele e vamos entrar nele. O que nós queremos é que esse furacão passe ao lado".
A comparação serviu de argumento ao secretário para reiterar a importância do isolamento social para combater a disseminação da Covid-19, que, até esta segunda-feira, já fez pelo menos 525 vítimas e provocou nove mortes. "Para que o furacão passe ao lado, precisamos do isolamento social".
O secretário ainda voltou a afirmar que as medidas de conteção tomadas na segunda quinzena de março foram responsáveis por adiar o pico da doença, que agora está previsto para acontecer entre 25 e 27 de abril. "Se tudo correr bem, o ápice vai demorar, é o objetivo, sabemos que vai ter sofrimento sim, que terá repercussões na economia, mas nesse momento o isolamento é o que vai permitir que nao haja um número muito grande de casos", reforça.
Testes
O trabalho da Fundação Ezequiel Dias (Funed) na identificação dos casos de Covid-19 já está sendo reforçado por uma rede laboratorial expandida. Na última semana, o governo anunciou a habilitação de 19 laboratórios para ajudar com os exames, além do início dos trabalhos da UFMG e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) no mesmo sentido. A UFMG já iniciou as análises e a UFVJM deve começar nesta terça-feira (7) a trabalhar com as amostras.
A expectativa, segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Dario Brock Ramalho, é de que em 10 dias a Funed e sua rede consigam entregar todos os resultados pendentes e passem a operar com mais agilidade na identificação dos casos de Covid-19 em Minas.