Cinco dias após o início do incêndio que já destruiu metade do Parque Monumento Natural Serra da Moeda, bombeiros finalizaram na noite desta terça-feira (15) mais um dia de trabalho de combate às chamas. Até a última atualização, havia pelo menos três focos de incêndio na área de preservação ambiental. Também participam da operação, que será retomada na manhã desta quarta-feira (16), brigadistas e voluntários.
Ainda nas primeiras horas do dia, militares sobrevoaram a região para determinar a estratégia de combate nesta terça-feira – na segunda (14) a atuação permaneceu concentrada em dois entre sete focos de incêndio que ameaçavam atingir propriedades residenciais no entorno da Serra da Moeda, área no município de Brumadinho na região metropolitana de Belo Horizonte.
Continua pelo 5º dia seguido o incêndio que destrói a área de preservação do Parque Monumento Natural Serra da Moeda. Estima-se que até essa segunda (14), metade da área tenha sido destruída. Corpo de Bombeiros, brigadistas e voluntários atuam no combate a focos de incêndio pic.twitter.com/Xa1gbU657Q
— O Tempo (@otempo) September 15, 2020
Informações preliminares repassadas pelo Corpo de Bombeiros nesta manhã apontam que 11 militares e três brigadistas atuaram no entorno da área queimada no decorrer da madrugada para garantir que pontos críticos do incêndio permanecessem controlados. Estima-se que até o momento uma área equivalente a 4.200 hectares tenha sido destruída pelo fogo, sendo que mil destes hectares pertencem ao Parque Monumental Natural Serra da Moeda, o que corresponde à metade da extensão dele.
Terceiro dia
O combate às chamas nessa segunda-feira (14) começou ainda no início da manhã quando uma equipe do Corpo de Bombeiros sobrevoou a região para entender as proporções atuais do incêndio. Em balanço no fim da noite, o capitão Fabrício esclareceu que havia a expectativa de que quatro focos da queimada teriam sido debelados até a madrugada.
“No sobrevoo de hoje cedo (segunda-feira de manhã) foram detectados sete focos do incêndio, sendo que dois traziam riscos para residências. Nós focamos nossos esforços nestes dois focos. Um na hora do almoço já tinha sido debelado, que era o de maior extensão. O segundo foi extinto no decorrer do dia. Agora no finalzinho da noite achávamos que tínhamos terminado um terceiro ponto. Mas, a guarnição que está no local nos informou que aumentou o vento e, por isso, houve o reinício das chamas. Temos ainda a expectativa de extinguir o quarto foco antes da madrugada”, declarou.
Além do Corpo de Bombeiros, atuam também brigadistas da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) contratados pela mineradora Gerdau. Esta equipe também atua na região desde a tarde de sexta-feira (11) quando iniciaram as primeiras fagulhas em pontos da Serra da Moeda. De acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o combate às chamas na sexta-feira demorou apenas sete minutos para começar, entretanto eram diversos focos distribuídos em diferentes locais de relevo acidentado.
Fora militares, brigadistas, voluntários e policiais militares, o combate às chamas na Serra da Moeda também conta com o empenho do helicóptero da PM, de dois aviões air-tractor que são responsáveis pelo lançamento de água em áreas críticas, um ônibus do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (BEMAD) e dez viaturas.
Prevenção
Questionados na tarde de segunda-feira (14), o IEF e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) declararam que uma força-tarefa atua em inúmeras regiões de Minas Gerais com maior intensidade durante o período crítico compreendido entre os meses de junho e setembro – época de estiagem com extremo risco de grandes incêndios florestais em função do clima seco e das elevadas temperaturas. De acordo com os órgãos ligados ao Estado, este grupo é responsável por ações de prevenção e planejamento para evitar incêndios em vegetações e minimizar os danos provocados.
Matéria atualizada às 20h45