O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) informou que foi notificado na tarde desta quinta-feira (5) da decisão judicial que determina a suspensão imediata da greve dos professores no município. Porém, a categoria ignorou-a e vai manter a paralisação até pelo menos a próxima segunda-feira (9).
"Nós fomos notificados hoje à tarde. Mas a decisão de se começar ou terminar uma greve só é tomada em assembleia geral da categoria, o que vai ocorrer na próxima segunda-feira", afirmou uma das diretoras de Comunicação do sindicato, Claudia Lopes Costa.
De acordo com ela, aproximadamente 80% das escolas municipais da capital aderem à greve.
Na última segunda-feira (2), após o anúncio de que a paralisação iria continuar por tempo indeterminado, a PBH ajuizou uma ação civil pública para pedir a suspensão imediata da greve dos servidores da educação do município, por entender que ela é ilegal, abusiva e quebra um acordo entre as partes, o que foi acatado nesta quarta-feira.
Nessa quarta-feira (4), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou, a suspensão imediata da greve. A decisão acatou um pedido da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que considera a paralisação ilegal. Com isso, foi ordenada a volta às aulas nas escolas.
O movimento grevista foi considerado ilegal porque o sindicato não informou qual seria o número mínimo de servidores que seriam mantidos nem quais atividades que continuariam funcionando.
Entre as reinvindicações da categoria estão a recomposição do piso salarial municipal da educação, a implementação das sete horas de planejamento, a reorganização da perícia médica, o fim da terceirização e a descentralização dos recursos de manutenção das escolas.
A greve é organizada pelo Sind-Rede/BH e começou na última quinta-feira (27). Se a decisão não for acatada, será imposta uma multa de R$ 1.000 por dia, limitada a R$ 100 mil.