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Sobe para 225 o número de mortos em tragédia da Vale em Brumadinho

Segundo a Defesa Civil, 68 pessoas ainda estão desaparecidas, enquanto 395 foram localizadas

Por Laura Maria
Publicado em 10 de abril de 2019 | 17:39
 
 
 
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O número de vítimas que morreram após a tragédia em Brumadinho foi para 225, de acordo com informações da Defesa Civil divulgadas nesta quarta-feira (10). Ainda há 68 pessoas desaparecidas após o rompimento da barragem I da mina do Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro. 

O dado variou pouco em relação ao último levantamento divulgado há dois dias: uma pessoa dada como desaparecida foi identificada dentre as vítimas fatais.

A tragédia de Brumadinho ocasionou, além da morte de funcionários da mineradora e moradores da cidade, a contaminação do Rio Paraopeba, que passou a apresentar nível de cobre 600 vezes maior do que o normal, conforme apurou a Fundação SOS Mata Atlântica. O rio era responsável por 43% do abastecimento público da região metropolitana de Belo Horizonte.

Após o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, a mineradora atualizou a situação de outras barragens. Desde então, o receio de novas tragédias fez com que mineradoras passassem a reavaliar suas estruturas em todo o país e a aumentar o fator de segurança de algumas delas, de um para dois. No início de abril, a Vale afirmou que 17 de suas barragens não tinham declaração de estabilidade válida.

Além de Brumadinho, já foram evacuadas pela Vale comunidades nas cidades mineiras de Rio Preto, Barão de Cocais, Nova Lima e Ouro Preto. Moradores também já foram retirados de suas casas nos municípios mineiros de Itatiaiuçu, devido aos riscos envolvendo uma estrutura da Arcellor Mittal, e de Rio Acima, após problema constatado pela empresa Minérios Nacional.

Processos

Em decorrência do episódio, a Vale responde a processo na Justiça para reparação dos danos às vítimas e ao meio ambiente. A empresa já teve mais de R$ 13 bilhões bloqueados por decisão judicial.

Em março, representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciaram em audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que a mineradora estava atrasando pagamentos emergenciais às famílias afetadas. (Com Agência Brasil)

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