O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu uma liminar, neste domingo (28), suspendendo a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), dada na última quinta-feira (25), que determinava que a guarda da pequena Vivi, de 9 anos, volte para a avó paterna. Diante da decisão, a menina fica, por enquanto, com os pais adotivos.
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A informação é do Grupo de Apoio de Adoção de Belo Horizonte (GAABH). O processo segue em segredo de Jusiça. A decisão, segundo o GAABH, foi dada por meio de uma liminar em Habeas Corpus pelo STJ, deferindo o efeito suspensivo à decisão que determinava a retirada da criança da família adotiva. "As advogadas do caso, Dra. Viviane e Larissa, em parceria com advogados voluntários de outros Gaa's, continuarão incansáveis na luta por Justiça", escreveu o GAABH.
A reportagem ainda não conseguiu contato com as advogadas do caso. A mãe adotiva da menina preferiu não conversar com a reportagem por ainda estar muito abalada com o impasse judicial. Por ter sido uma decisão dada em plantão, ainda haverá novo julgamento.
Pelo Instagram, o movimento "Fica Vivi" publicou uma nota sobre a decisão.
Entenda o caso
Vivi foi adotada pelo casal Carolina Alves Bella e o marido Manuel Luiz Bella em 2015. Na época, Vivi estava morando em um abrigo e tinha um ambiente violento em casa, onde a mãe não teria condições de criá-la e que o pai teria assassinado o próprio pai dele, avô de Vivi.
Na mesma época a avó paterna biológica pediu na Justiça a guarda da menina. Em dezembro de 2020, a idosa ganhou o direito à guarda em 2ª instância e começou a luta da família adotiva para ficar com a criança.