Carlos Chagas

Suspeito de pelo menos 30 homicídios em Betim é preso no Jequitinhonha

Homem, que é conhecido como Clecim, afirmou para a PM que já foi condenado a 400 anos de prisão

Publicado em 06 de janeiro de 2015 | 17:06

 
 
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Um homem suspeito de ter cometido pelo menos 30 homicídios em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi preso por falsidade ideológica na cidade de Carlos Chagas, no Vale do Jequitinhonha, após apresentar a certidão de nascimento de seu irmão. O caso foi registrado na tarde de segunda-feira (5). 

Segundo o soldado Carlos Freitas, a prisão aconteceu por volta das 16h30, quando uma equipe fazia patrulhamento próximo ao ginásio municipal, que fica a poucos metros da sede da Polícia Militar (PM). Após avistarem um homem em "atitude suspeita", os policiais resolveram fazer uma busca pessoal, sendo apresentado o documento que tinha como primeiro nome Cléber.

"Os meus colegas suspeitaram, já que ele tinha diversas marcas de tiro pelo corpo e afirmou que as cicatrizes eram de uma queda de motocicleta. Fomos averiguar pelo nome da mãe e vimos que a pessoa do documento apresentado tinha um irmão foragido e demos voz de prisão por falsidade ideológica", explicou o policial. 

O preso é conhecido como "Clecim", de 26 anos, e é acusado de pelo menos 30 homicídios. "Trinta são os registrados, mas acreditamos que tenham muitos outros crimes que foram cometidos por ele", disse o soldado Freitas. O último crime de que o homem é suspeito aconteceu no bairro Granjas São João, no dia 9 de julho de 2014, quando um rapaz de 19 anos foi torturado e morto com 143 facadas. 

Condenado

"Após falarmos que ele estava preso, ele começou a falar e disse que possuía condenações de aproximadamente 400 anos de reclusão por homicídios e tráfico de drogas cometidos em Betim. O preso foi levado para a Delegacia de Plantão de Nanuque", lembrou o militar. 

A cidade, que tem cerca de 20 mil habitantes, costuma ser refúgio de traficantes foragidos da Justiça, que acham que ficarão impunes por se tratar de uma cidade pequena. "A gente fica sempre atento quando chega gente de fora e faz amizade com os meliantes daqui. Com isso, sempre abordamos gente nova para verificação, uma estratégia que tem se mostrado eficiente", finalizou o policial.