O índice que mede a transmissibilidade do coronavirus em Belo Horizonte voltou ao nível amarelo nesta segunda-feira (21), marcando 1,03. É a primeira vez que um dos indicadores elencados pela prefeitura da capital, por meio do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, volta a um patamar de alerta desde o último dia 11, quando todos caíram para o nível mais baixo.
As taxas de ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) e de enfermarias seguem fora da área de risco e estão, respectivamente, em 45,9% e 36,8%. Há 39.379 casos confirmados na cidade e 1.168 mortes causadas pela Covid-19.
De acordo com o médico infectologista Unaí Tupinambás, que compõe o comitê de enfrentamento da pandemia em BH, ainda é preciso ficar em alerta em relação à doença. “(É momento de) manter e reforçar as medidas de controle (do coronavírus)”, disse.
O especialista pontuou que o avanço na taxa de transmissibilidade tem potencial para frear a reabertura na capital. “Pode atrasar a volta às aulas nas escolas”, exemplificou.
O infectologista Estevão Urbano afirma que é momento de “redobrar a atenção” e diz que o retorno ao nível de alerta é “uma grande preocupação”.
“Estamos no sinal amarelo. Podemos ter um aumento importante no número de casos, e isso gera todo o problema que conhecemos: internações, óbitos e necessidade de novos fechamentos”, defende.
Kalil publicou alerta nesse domingo
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), publicou um alerta à população pelo perfil dele no Twitter nesse domingo (20).
O chefe do Executivo compartilhpou uma reportagem que relatava a volta de fechamentos de bares e restaurantes na Espanha, determinada para conter novos surtos da Covid-19, e citou que o mesmo pode ocorrer na capital.
“População de Belo Horizonte: se não mantivermos a disciplina, pode acontecer aqui”, escreveu Kalil.